CANTE O SAMBA DO CARNAVAL 2025

A luz que nos chega da estrela primeira,

Nascida do pó no Cruzeiro do Sul

Do plasma divino das mãos carpinteiras

Ressurge candeia no breu nesse azul

Será que o limbo da imaginação

Perverte a inteligência

O homem com sua ambição

Desconhece a razão desatina a Ciência

Será que há de ter carnaval, sem minha cadência?

Com alas em tom digital

No fim da existência

Me diz afinal quem há de arcar com as consequências?

Se a mocidade sonhar

No infinito escrever

Versos a luz do luar, deixa!

Quando o futuro voltar

A juventude vai crer

Que toda estrela pode renascer

O verde adoecido da esperança

Ofega sobre o leito da cobiça

Quem vive pelo preço da cobrança

Derrama sua lágrima postiça

Fogo matando a floresta

Bicho morrendo no cio

Febre no pouco que resta

Secam as águas do rio

E a vida vai vivendo por um fio

Naveguei…

No afã de me encontrar eu me emocionei

Lembrei da corda bamba que atravessei

São tantas as viradas desta vida

A mão que faz a bomba se arrepende

Faz o samba e aprende

A se entegar de corpo e alma na avenida

O céu vai clarear

Iluminar a zona oeste da cidade

E Deus vai desfilar

Pra ver o mago recriar a Mocidade