De acordo com Creuza, muitos funcionários da escola ligaram para falar com ela e pediram para que o enterro, em princípio marcado para ontem, só aconteça hoje para que mais pessoas possam se despedir. Quanto à violência, Creuza não sabe nem o que dizer.
"A gente vai fazer o quê? Não tenho nem o que dizer", resigna-se ela, que é Testemunha de Jeová e, apesar da morte do marido, estava serena. "Jeová nos dá conforto, a gente se agarra nele. O Espírito Santo de Jeová é para que tenhamos força e coragem. Pela religião, na morte, a gente dorme para esperar a ressurreição", lamenta.
Já sua prima, a estudante de enfermagem Fernanda Cubeiro, de 27 anos, que a acompanhava no IML do Centro do Rio, acha que a situação no Rio está insustentável. "Minas é um pouco mais calmo. Também tem violência, mas não é igual ao Rio de Janeiro. Acho que deveria haver mais desempenho das autoridades'', avalia ela, afirmando que a prima estava meio nervosa durante a viagem.