Agentes foram às ruas para buscas em nove endereços em Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes, em Santa Catarina, e Olinda, em Pernambuco. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara da Justiça Federal em Itajaí, que decretou ainda o bloqueio de até R$ 70 milhões em bens e valores de investigados.
O embargo atinge também valores junto a exchanges de criptoativos em instituições de pagamentos.
Segundo a investigação, a quadrilha mantém empresas no litoral de Santa Catarina que prestam serviços de tecnologia de pagamentos para plataformas da internet.
A PF constatou que, entre os clientes do grupo, estariam plataformas não autorizadas de apostas esportivas e golpistas.
O dinheiro era encaminhado para o exterior via criptoativos, configurando o crime de evasão de divisas. A PF identificou fluxos dedicados à lavagem de dinheiro para agentes públicos e o tráfico.
O inquérito aponta que, apesar da altíssima movimentação financeira do grupo, grande parte das empresas não tem qualquer indicativo de efetivo funcionamento.
A Polícia Federal suspeita que a maior parte das empresas são de fachada ou holdings, 'que buscam blindar o patrimônio angariado com as atividades desenvolvidas'.
A PF ainda diz que 'há indícios contundentes' de que o grupo expandiu, nos últimos meses, sua atuação para o exterior, abrindo escritórios em outros países da América Latina e em Portugal.