Rio - A menina Maria Luiza Cravo da Silva, de 8 meses, foi enterrada, na tarde deste domingo (2), no Cemitério do Pechincha, na Zona Oeste. A Polícia Civil investiga a morte da bebê após médicos encontrarem escoriações antigas e hematomas, lesões sugestivas de trauma. O relato inicial da causa da morte da criança era de broncoaspiração,
A menina deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Taquara, também na Zona Oeste, na sexta-feira (31). Maria estava sob cuidados da babá quando teria se engasgado com o líquido da mamadeira.
Por conta do quadro, ela foi levada pelo marido da cuidadora até a UPA, mas chegou sem vida. Segundo a direção da unidade, o relato inicial para a causa da morte dizia sobre broncoaspiração, sendo confirmado após avaliação clínica. Porém, a equipe médica também constatou a presença de lesões pelo corpo.
Familiares de Maria Luiza desconfiam de envolvimento da babá no caso. Em postagem nas redes sociais, uma tia da vítima revelou que a sobrinha já tinha aparecido com hematomas anteriormente.
"Nunca imaginaríamos algo desse tipo. Há pouco tempo, a criança já estava estranha, aparecendo com uns roxos, sendo que saía de casa perfeita. Era só chegar no local que a cuidadora falava que a menina estava com um roxo porque estava se batendo com a chupeta. A mãe então não entendia, achava estranho porque ela não era assim, mas longe de acusar alguém que dizia se importar tanto com a menina. Se a gente sonhasse que isso poderia ter acontecido, jamais teríamos deixado chegar nessa tragédia. A própria mãe já estava preocupada com tudo isso e tomando iniciativas para arrumar outro lugar para a Malu ficar", escreveu.
Procurada, a Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Até o momento, familiares, a cuidadora e testemunhas foram ouvidas. A equipe vai analisar os laudos periciais do Instituto Médico Legal (IML). A investigação está em andamento na 32ª DP (Taquara).