A Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação na manhã desta quinta-feira, 13, para cumprir um mandado de prisão e 21 de busca e apreensão contra o suspeito de ser o mandante do assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) morto no Aeroporto de Guarulhos no ano passado.
A ação é um desdobramento da investigação sobre o caso, que apura a execução do empresário e a ligação de agentes de segurança pública com a facção criminosa. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, Gritzbach entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.
Ao todo, 26 pessoas já foram presas por envolvimento no caso. Entre eles, estão 17 agentes militares, cinco policiais civis e quatro pessoas relacionados ao homem apontado como "olheiro" da execução, que permanece foragido.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que, na operação desta quinta, cerca de 116 policiais em 41 viaturas fazem buscas em 20 endereços. A identidade do alvo da ação ainda não foi revelada pela corporação.
"Mais detalhes serão passados ao término dos trabalhos de campo", disse em nota. A operação é conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Quem era o delator executado em Guarulhos
O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de dinheiro do PCC em São Paulo, envolvendo os negócios da facção na região do Tatuapé, Zona Leste paulistana.
O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de dinheiro do PCC em São Paulo, envolvendo os negócios da facção na região do Tatuapé, Zona Leste paulistana.
Sua trajetória está associada à chegada do dinheiro do tráfico internacional de drogas ao PCC. Ele fechou acordo de delação premiada em abril. Em reação, a facção pôs um prêmio de R$ 3 milhões pela sua cabeça.
Gritzbach era um jovem corretor de imóveis da construtora Porte Engenharia (entre 2014 e 2018) quando conheceu o grupo de traficantes de drogas de Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta. Foi a acusação de ter mandado matar Cara Preta, em 2021, que motivou a primeira sentença de morte contra ele, decretada pela facção.
Para a polícia, Gritzbach havia sido responsável pelo desfalque em Cara Preta de R$ 100 milhões em criptomoedas e, quando se viu cobrado pelo traficante, decidiu matá-lo. O empresário teria contratado Noé Alves Schaum para matar o traficante.
O crime aconteceu em 27 de dezembro de 2021. Além de Cara Preta, o atirador matou Antonio Corona Neto, o Sem Sangue, segurança do traficante. Conforme as investigações, Schaum foi capturado pelo PCC em janeiro de 2022, julgado pelo tribunal do crime e esquartejado por um criminoso conhecido como Klaus Barbie, referência ao oficial nazista que atuou na França ocupada na 2ª Guerra, onde se tornou o Carniceiro de Lyon.
Gritzbach era um jovem corretor de imóveis da construtora Porte Engenharia (entre 2014 e 2018) quando conheceu o grupo de traficantes de drogas de Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta. Foi a acusação de ter mandado matar Cara Preta, em 2021, que motivou a primeira sentença de morte contra ele, decretada pela facção.
Para a polícia, Gritzbach havia sido responsável pelo desfalque em Cara Preta de R$ 100 milhões em criptomoedas e, quando se viu cobrado pelo traficante, decidiu matá-lo. O empresário teria contratado Noé Alves Schaum para matar o traficante.
O crime aconteceu em 27 de dezembro de 2021. Além de Cara Preta, o atirador matou Antonio Corona Neto, o Sem Sangue, segurança do traficante. Conforme as investigações, Schaum foi capturado pelo PCC em janeiro de 2022, julgado pelo tribunal do crime e esquartejado por um criminoso conhecido como Klaus Barbie, referência ao oficial nazista que atuou na França ocupada na 2ª Guerra, onde se tornou o Carniceiro de Lyon.