A Mocidade Independente de Padre Miguel apostou em um enredo futurista para abrir o segundo dia de desfiles do Grupo Especial, na noite desta terça-feira (4). Com boa evolução, animação da comunidade e uma apresentação tecnicamente correta, a escola desfilou com organização, mas sem conseguir transmitir a mesma energia para o público nas arquibancadas.
Reeditando a fórmula de sucesso de 1985, quando conquistou seu primeiro título com Ziriguidum 2001, Carnaval nas Estrelas, a verde e branco apresentou o enredo Voltando para o Futuro, Não Há Limites para Sonhar. A proposta uniu a origem cósmica das estrelas aos avanços científicos e à exploração espacial, sem deixar de lado críticas aos impactos da tecnologia na sociedade.
Reeditando a fórmula de sucesso de 1985, quando conquistou seu primeiro título com Ziriguidum 2001, Carnaval nas Estrelas, a verde e branco apresentou o enredo Voltando para o Futuro, Não Há Limites para Sonhar. A proposta uniu a origem cósmica das estrelas aos avanços científicos e à exploração espacial, sem deixar de lado críticas aos impactos da tecnologia na sociedade.
Logo de início, a comissão de frente I.A.venida Matrix do Samba, o futuro é aqui foi um dos pontos altos do desfile. Com painéis de LED exibindo imagens de um mundo futurista e referências à inteligência artificial, o grupo trouxe ainda um pequeno robô que circulou pela Sapucaí, arrancando reações de surpresa e curiosidade do público.
Com um desfile livre de alas comerciais, a escola reforçou seu vínculo com a comunidade, que desfilou com entusiasmo e garantiu boa evolução e harmonia ao longo da Avenida. No entanto, esse clima de empolgação não conseguiu ecoar nas arquibancadas, que se limitaram a acompanhar o refrão do samba.
A partir do terceiro carro, a Mocidade intensificou a crítica social. A escola mostrou a dualidade entre o fascínio humano pelos avanços científicos e o crescente distanciamento da humanidade em relação à natureza. A ala Razão da Ficção ilustrou esse contraste com quatro fantasias que remetiam da Idade da Pedra a uma visão futurista distópica, sugerindo uma possível involução da sociedade.
Outro destaque do desfile foi o tripé Jogos Vorazes do Terceiro Milênio, que abordou a violência gerada pelo excesso tecnológico. Em um painel de LED, líderes da tecnologia como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg foram retratados em um combate inspirado no clássico game Mortal Kombat, arrancando risos e reflexões.
À frente da bateria, a rainha Fabíola de Andrade desfilou com um cordão ostentando a letra "R", em homenagem ao marido, Rogério de Andrade. Presidente de honra da escola e contraventor do jogo do bicho, Rogério está preso desde novembro do ano passado em um presídio federal no Mato Grosso do Sul.