Família de porteiro tetraplégico após acidente pede prisão de motorista de aplicativo sem habilitação

Maycom Batista da Silva, de 25 anos, está internado há uma semana em estado grave no Hospital Estadual Alberto Torres

Carro de aplicativo onde estava Maycom Batista da Silva, de 25 anos, ficou destruído após colisão na RJ-104
Carro de aplicativo onde estava Maycom Batista da Silva, de 25 anos, ficou destruído após colisão na RJ-104 -
Rio - O porteiro que ficou tetraplégico após um acidente com um motorista de aplicativo sem habilitação em Niterói continua internado em estado grave. Ele está no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, há uma semana. Enquanto Maycom Batista da Silva, de 25 anos, luta para se recuperar no CTI, sua família busca justiça.
As irmãs do porteiro questionam por que o condutor, Caio Teles Benevenuto Bretas, não foi preso em flagrante, já que ele não possuía habilitação e realizava corridas utilizando a conta do pai. Na ocasião, o motorista foi ouvido e liberado.

Inicialmente, o caso foi registrado na 78ª DP (Fonseca) como lesão corporal culposa provocada por colisão de veículo, mas a tipificação pode mudar, considerando que o condutor estava sem documentação e utilizava indevidamente a plataforma de corridas.

"Hoje, meu irmão corre risco de vida por causa da negligência de um condutor sem CNH e da 99, que não tem um controle de segurança eficaz. Minha família está sem chão. Meu irmão está tetraplégico por causa de uma pessoa que sabia dos riscos de dirigir sem carteira. Quero justiça, quero que o Caio pague pelo que fez com meu irmão", disse Bruna Maria, irmã de Maycom.

Segundo relatos, o veículo envolvido no acidente acumulava três anos de dívida de IPVA. De acordo com uma das vítimas, Caio conduzia o carro de forma imprudente, acima da velocidade permitida. O amigo de Maycom, que também estava no veículo, chegou a pedir que ele reduzisse a velocidade, mas não foi atendido. O acidente aconteceu por volta das 5h20 da Quarta-feira de Cinzas.

99 bloqueia motorista cadastrado
Em nota, a 99 afirmou que possui uma política de tolerância zero para fraudes e que, assim que o incidente foi registrado na Central de Segurança, o perfil do motorista cadastrado foi bloqueado para investigação da denúncia de compartilhamento de conta.

A empresa também informou que fez contato com a família de Maycom na terça-feira (11). "Desde o dia 05/03, a empresa buscou contato imediato com a família de Maycom. Ontem, dia 11/03, conseguimos falar com uma das irmãs e oferecemos acolhimento, suporte e orientação para o acionamento do seguro, que cobre despesas médicas de todas as corridas", disse a 99 em nota.
Maycom Batista da Silva está internado há uma semana em estado grave
Maycom Batista da Silva está internado há uma semana em estado grave Reprodução/Redes sociais
Carro de aplicativo onde estava Maycom Batista da Silva, de 25 anos, ficou destruído após colisão na RJ-104
Carro de aplicativo onde estava Maycom Batista da Silva, de 25 anos, ficou destruído após colisão na RJ-104 Arquivo pessoal