'Deus me fará grande novamente', diz Gabriel Monteiro depois de ser libertado

O ex-vereador tem até cinco dias úteis para colocar a tornozeleira eletrônica. A medida foi determinada pela Justiça

Gabriel Monteiro e a irmã Giselle Monteiro em ligação com a sobrinha do ex-vereador
Gabriel Monteiro e a irmã Giselle Monteiro em ligação com a sobrinha do ex-vereador -
Rio - O ex-vereador Gabriel Monteiro se manifestou nas redes sociais e agradeceu ao apoio recebido durante o período em que passou preso. Ele deixou o Complexo de Bangu 8, na Zona Oeste, na noite desta sexta-feira (21), mas terá que colocar uma tornozeleira eletrônica dentro do prazo de cinco dias úteis. A medida foi determinada pela Justiça.

"A minha família foi um instrumento de Deus para eu suportar tudo isso. Deus me fará grande novamente, principalmente para eu honrar tudo o que vocês fizeram por mim", disse.


O comentário foi feito em uma publicação da irmã, a deputada estadual Giselle Monteiro (PL). No vídeo registrado pela família, ela aparece emocionada correndo para os braços do ex-parlamentar, enquanto o pai deles, o deputado federal Roberto Monteiro (PL), se ajoelha em agradecimento.

Outras postagens mostram ainda Gabriel conversando com a sobrinha e passeando com o cachorro. "Olha a alegria da minha filha ao ver o tio Gabriel, depois de anos sem poder ter nenhum contato, nem por celular", contou Giselle.

A mulher do ex-vereador também publicou uma foto aos beijos com ele. "Meu marido, meu amigo, meu companheiro, meu anjo", revelou a legenda.
Preso desde 2022
De acordo com denúncia oferecida pelo Ministério Público estadual (MPRJ) em 2022, Gabriel - que já havia perdido o mandato de vereador por quebra de decoro quando foi preso - forçou uma mulher a ter relações sexuais usando violência física (como tapas no rosto) e sem uso de preservativo após deixarem uma boate na Barra da Tijuca, Zona Oeste, em 15 de julho daquele ano. Um exame médico posteriormente comprovou que a vítima foi infectada pelo vírus do HPV, uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) também conhecida como papilomavírus humano.
Ainda segundo a denúncia do MPRJ, Gabriel convidou a vítima e uma amiga dela para a casa de um amigo dele. Na residência, subiu com a mulher para um dos quartos e solicitou que a amiga os aguardasse. No quarto, após a vítima, assustada, manifestar o desejo de sair, Gabriel trancou a porta, retirou uma arma da cintura e a passou no rosto dela, com o intuito de forçar uma relação sexual.
Já com a vítima sem as roupas, Gabriel a empurrou com força sobre a cama e iniciou a relação sexual fazendo uso de violência e sem preservativo, embora a jovem tivesse insistido pelo uso.
No fim de 2022, o TJRJ decretou a prisão preventiva de Gabriel Monteiro pelos crimes de violação sexual mediante fraude e assédio sexual contra seus ex-assessores.
Oito meses depois de ser preso, a Justiça do Rio o condenou por abuso de poder contra médico da UPA de Senador Camará, além de pagar uma indenização de R$ 20 mil ao profissional Hilmar Dias Ricardo, que trabalhava na unidade de saúde da Zona Oeste.
Em dezembro do ano passado, ele foi condenado a um ano de detenção, mais o pagamento de 360 dias/multa, por infringir normas sanitárias durante a pandemia de covid-19 ao invadir um hospital. A sentença, proferida pela juíza Maria Tereza Donatti na última terça-feira, 17, foi revertida pela magistrada em prestação de serviços comunitários.