Dinheiro tinha cheiro de drogas

O delegado Jefferson Ferreira, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), destrinchou a engenhosidade da lavagem de dinheiro que uniu CV e PCC. O ponto de partida da operação, de acordo com ele, foi uma troca de informações com instituições financeiras.

A partir daí, os investigadores identificaram, em um primeiro momento, diversas pessoas como depositantes - em agências da Zona Sul e da Barra, principalmente - de valores divididos em notas de baixo valor, como R$ 5, R$ 10 e R$ 20. Mas além desse fracionamento, um outro detalhe chamou atenção: "Muitas notas estavam mofadas e com cheiro de drogas", revelou o delegado.

Tais depósitos eram semanais e, embora fracionados em notas baixas, ficavam entre R$ 150 mil e R$ 750 mil. Por meio desses depósitos, os agentes constataram que todos os depositantes tinham ligação com comunidades dominadas pelo CV.