O especialista em segurança pública e ex-subcomandante do Bope, Paulo Storani, analisou a medida elaborada pelo STF. Para o antropólogo, além de diminuir a letalidade policial, a determinação pode ser benéfica para a Polícia Militar, pois poderá ser visto um lado que a maioria da população fluminense não conhece.
"Constatou-se ali um reconhecimento por parte do STF, de que todas as críticas que foram feitas estavam tendo uma visão monocular sobre as pessoas de bem que moram nas comunidades. Então, passaram a ter um olhar também sobre os bandidos. Antes, parecia que a polícia entrava nas comunidades para atingir pessoas de bem. Então, nesse momento, ele reconhece que criminosos dominam o território. As polícias também são vítimas desse enfrentamento. Esse reconhecimento foi importante e ele só se deu pela quantidade de críticas que foram formuladas", avaliou Paulo Storani.
Além disso, algo que pode corroborar a determinação é o foco na recuperação de armas de fogo de alta letalidade, como fuzis. Storani aponta que isso precisa ser combatido antes que chegue às situações de enfrentamento.
"Sem dúvida nenhuma, uma maneira de diminuir a letalidade policial é a identificação do tipo de armamento que é utilizado e pensar numa forma de impedir que ele chegue aos bandidos", completou.