Uma operação da Polícia Civil frustrou, neste domingo de Páscoa (20), um ataque planejado contra um homem em situação de rua. A ação resultou na prisão de três homens e na apreensão de um adolescente, todos envolvidos em uma organização criminosa que promovia atos de violência e ódio em plataformas digitais.
Um dos detidos, Bruce Vaz de Oliveira, de 24 anos, é apontado como líder do grupo e responsável por transmissões ao vivo em que dissecava animais no Discord, aplicativo de mensagens amplamente utilizado por comunidades online. De acordo com os investigadores, os atos eram agendados e anunciados como verdadeiros “espetáculos de horrores”.
“Ele comandava o servidor, sabia de tudo o que acontecia ali. Os eventos eram programados, como uma execução de um coelho durante a Páscoa”, explicou a delegada Luiza Machado, titular da 19ª DP (Tijuca). A polícia encontrou durante a prisão a faca usada nas dissecações e a pele de um gato.
Ainda segundo as autoridades, Bruce se passava por ativista de proteção animal vinculado à ONU e alegava atuar como mediador de conflitos no Oriente Médio, o que lhe permitia manter uma fachada respeitável. “É um psicopata. Adotava os animais, depois os maltratava em transmissões ao vivo”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
O grupo também planejava o ataque interrompido neste domingo, que seria executado por Kayke Sant’Anna Franco, de 19 anos, e Caio Nicholas Augusto Coelho, de 18. Ambos pretendiam lançar coquetéis molotov contra um morador de rua e transmitir o crime pela internet. A polícia investiga quem estaria financiando essas ações, que, segundo a delegada, eram pagas via Pix. “Já temos nomes mencionados como financiadores, e vamos identificar essas pessoas”, disse Machado.
As investigações revelam que a organização utilizava ambientes digitais para incitar crimes como maus-tratos a animais, racismo, estupro virtual, apologia ao crime e automutilação. Tudo era promovido como forma de “entretenimento”, com forte apelo ao ódio e à violência.
Posicionamento do Discord
Em nota, o Discord afirmou adotar políticas rigorosas contra conteúdos que incentivem a violência ou o discurso de ódio. “Assim que identificamos comportamentos desse tipo, por meio de nossas ferramentas ou denúncias, agimos imediatamente com remoções, banimentos e desligamento de servidores”, declarou a empresa. A plataforma também destacou sua cooperação com autoridades brasileiras e ações que já resultaram em prisões em diversas operações.
Histórico de violência
Este não foi o primeiro caso envolvendo o grupo. Em fevereiro, um adolescente de 17 anos foi apreendido após lançar dois coquetéis molotov contra um morador de rua que dormia na calçada, na Avenida Geremário Dantas, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. O ataque foi transmitido ao vivo pelo Discord. Dias depois, o Exército prendeu o militar Miguel Felipe dos Santos Guimarães da Silva, de 20 anos, suspeito de ter planejado e filmado o crime.
Ambos faziam parte do mesmo grupo criminoso, já monitorado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), que atua no combate a crimes envolvendo menores de idade e violência digital.
Um dos detidos, Bruce Vaz de Oliveira, de 24 anos, é apontado como líder do grupo e responsável por transmissões ao vivo em que dissecava animais no Discord, aplicativo de mensagens amplamente utilizado por comunidades online. De acordo com os investigadores, os atos eram agendados e anunciados como verdadeiros “espetáculos de horrores”.
“Ele comandava o servidor, sabia de tudo o que acontecia ali. Os eventos eram programados, como uma execução de um coelho durante a Páscoa”, explicou a delegada Luiza Machado, titular da 19ª DP (Tijuca). A polícia encontrou durante a prisão a faca usada nas dissecações e a pele de um gato.
Ainda segundo as autoridades, Bruce se passava por ativista de proteção animal vinculado à ONU e alegava atuar como mediador de conflitos no Oriente Médio, o que lhe permitia manter uma fachada respeitável. “É um psicopata. Adotava os animais, depois os maltratava em transmissões ao vivo”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
O grupo também planejava o ataque interrompido neste domingo, que seria executado por Kayke Sant’Anna Franco, de 19 anos, e Caio Nicholas Augusto Coelho, de 18. Ambos pretendiam lançar coquetéis molotov contra um morador de rua e transmitir o crime pela internet. A polícia investiga quem estaria financiando essas ações, que, segundo a delegada, eram pagas via Pix. “Já temos nomes mencionados como financiadores, e vamos identificar essas pessoas”, disse Machado.
As investigações revelam que a organização utilizava ambientes digitais para incitar crimes como maus-tratos a animais, racismo, estupro virtual, apologia ao crime e automutilação. Tudo era promovido como forma de “entretenimento”, com forte apelo ao ódio e à violência.
Posicionamento do Discord
Em nota, o Discord afirmou adotar políticas rigorosas contra conteúdos que incentivem a violência ou o discurso de ódio. “Assim que identificamos comportamentos desse tipo, por meio de nossas ferramentas ou denúncias, agimos imediatamente com remoções, banimentos e desligamento de servidores”, declarou a empresa. A plataforma também destacou sua cooperação com autoridades brasileiras e ações que já resultaram em prisões em diversas operações.
Histórico de violência
Este não foi o primeiro caso envolvendo o grupo. Em fevereiro, um adolescente de 17 anos foi apreendido após lançar dois coquetéis molotov contra um morador de rua que dormia na calçada, na Avenida Geremário Dantas, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. O ataque foi transmitido ao vivo pelo Discord. Dias depois, o Exército prendeu o militar Miguel Felipe dos Santos Guimarães da Silva, de 20 anos, suspeito de ter planejado e filmado o crime.
Ambos faziam parte do mesmo grupo criminoso, já monitorado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), que atua no combate a crimes envolvendo menores de idade e violência digital.

