Nas quadras de escolas de samba do Rio de Janeiro, hoje é muito mais do que um feriado. O dia de São Jorge é um símbolo de religiosidade, sincretismo e espiritualidade, tornando os eventos em templos do sagrado popular. A celebração já virou tradição: a feijoada é um dos eventos mais esperados do calendário das escolas. Hoje, o MEIA HORA traz uma lista de lugares para celebrar com as agremiações.
Mais do que comida e música, os eventos são manifestações de fé coletiva, de resistência e identidade cultural, onde Ogum e São Jorge se encontram no batuque e na reza.
Ogum e São Jorge são manifestações distintas de uma mesma energia guerreira e protetora, em contextos religiosos diferentes. O sincretismo foi uma forma de preservar a fé ancestral sob disfarces, criando essa riquíssima mistura de fé, cultura e resistência que marca o Brasil até hoje.
Já a feijoada, no contexto das religiões de matriz africana, não é só um prato, é um ato ritualístico, uma forma de manter viva a ancestralidade, de comunhão e expressão de fé. É um símbolo de como o sagrado e o cotidiano estão entrelaçados na cultura afro-brasileira.