Rio – Equipes do Agência de Busca e Salvamento da Indonésia iniciaram o terceiro dia da operação de resgate de Juliana Marins, turista de Niterói que caiu em uma trilha no monte Rinjani. A informação foi confirmada em nota do Itamaraty divulgada na noite deste domingo (22).
"O Ministro das Relações Exteriores, em nome do governo brasileiro, também iniciou contatos de alto nível com o governo indonésio com o objetivo de pedir reforços no trabalho de buscas na cratera do Mount Rinjani", afirma o comunicado.
O segundo dia de buscas foi interrompido por causa das condições climáticas, consideradas desfavoráveis. A informação foi compartilhada por Mariana Marins, irmã da publicitária brasileira de 26 anos, em uma página no Instagram criada exclusivamente para atualizações sobre o caso da jovem.
Entenda o caso
Juliana fazia um passeio, por meio da empresa de turismo Ryan Tour, pelo vulcão Rinjani, em Lombok, ilha na Indonésia. A brasileira ficaria de sexta (20) a domingo (22) na região. A trilha integrava um passeio conhecido como mochilão, no qual ela estava desde fevereiro, com passagens por outros países asiáticos, como Filipinas, Vietnã e Tailândia.
Então, ela caiu da trilha. Um grupo de turistas espanhóis avistou a brasileira e passou a monitorá-la, fazendo fotos e vídeos, inclusive com uso de drone. As imagens mostram Juliana sentada em uma área inclinada, aparentemente com dificuldade de se levantar e retornar.
Eles localizaram Juliana nas redes sociais, e foi assim que a família tomou conhecimento do caso e conseguiu contato com o grupo neste sábado. Mesmo assim, as notícias ainda eram escassas, o que só aumentava a angústia dos familiares. "Não se sabe se ela quebrou algum osso, porque ela não consegue se levantar. Ela não se mexia. O máximo que conseguia era movimentar os braços", descreveu Mariana, com base nas imagens enviadas pelos espanhóis.
Ainda segundo informações recebidas pela irmã de Juliana, a situação da turista ficou mais delicada após a passagem de uma neblina. "Eles (turistas espanhóis) ficaram horas sem ver a Juliana. A neblina molhou muito o solo, minha irmã passou a escorregar. E depois que a neblina sumiu, ela já estava bem mais abaixo na montanha, muito próxima do precipício."
Desde então, a família da turista tem feito apelos às autoridades para que acelerem as buscas pela filha e mobilizem mais reforços no resgate.