A influenciadora fitness americana Maria Palen, de 31 anos, ficou paralisada da cintura para baixo por causa da picada de um carrapato. Em entrevista ao jornal britânico "Daily Mail", ela contou que começou a sentir dores e inflamações em suas articulações em março de 2024, e por isso, fez mudanças em sua dieta e passou a se exercitar mais. No entanto, os sintomas pioraram e se tornaram ainda mais intensos. Agora, ela luta para conseguir voltar a andar.
"Não tenho ideia [de quando a picada pode ter acontecido]. Acho que piorou tanto porque [a picada e a infecção] passaram despercebidas por muito tempo, porque eu não sabia que tinha. Acho que se eu tivesse detectado antes, não teria chegado ao estágio em que estou", disse, em matéria publicada nesta terça-feira (24).
A mulher, que tem mais de 23 mil seguidores no Instagram, foi diagnosticada com babesiose, uma doença causada por parasitas que infectam os glóbulos vermelhos, geralmente transmitida por carrapatos.
Ela explicou que o ano passado foi de muita agonia. "Sentia tanta dor que era difícil fazer tarefas simples. Meu polegar doía tanto e estava tão inchado e inflamado que foi difícil bloquear meu telefone. Coisas básicas como escovar os dentes de manhã, abrir uma lata de atum e dirigir eram dolorosas."
Maria recebeu medicações para ajudar a erradicar o parasita, mas em outubro de 2024, seu cóccix ficou tão dolorido que ela não conseguia mais se sentar. A influenciadora foi levada às pressas ao pronto-socorro e recebeu analgésicos, mas logo ficou com as pernas dormentes.
Agora, Palen faz fisioterapia durante oito horas por semana e tem esperança de que consiga recuperar a sensibilidade nas pernas um dia, mesmo com as incertezas. "Estou apenas vivendo um dia de cada vez, tentando manter uma atitude positiva e rezando para conseguir uma recuperação completa, mas isso é uma incógnita. A parte difícil é não saber se terei recuperação total ou não."
Surto
Os casos de babesiose em humanos mais que dobraram em uma década nos Estados Unidos. Especialistas avaliam que a alta pode estar ligada às mudanças climáticas e ao desmatamento de terras. Cerca de 2.500 casos são oficialmente diagnosticados por ano, mas cientistas alertam que muitos podem estar passando despercebidos porque os médicos não sabem como fazer o teste.