Rio - O presidente Luís Inácio Lula da Silva criticou o financiamento para guerras e a falta de recursos para as ações de desenvolvimento dos países. Ele discursou na abertura da 17ª Cúpula dos Brics, neste domingo (6), no Museu de Artes Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, Zona Sul. A reunião conta com a presença dos chefes de Estado e Governo do Sul Global. Ao todo, 11 países fazem parte do bloco.
Na abertura da sessão plenária "Paz e Segurança e Reforma da Governança Global", Lula lembrou que esta é quarta vez que o Brasil sedia o encontro dos Brics, mas ressaltou que neste ano é a que ocorre "em cenário global mais adverso". No discurso, o presidente reprovou a decisão de junho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em aumentar os gastos em defesa dos 32 países que fazem parte do tratado, como Estados Unidos, Canadá e nações europeias.
"Nos defrontamos com um número inédito de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. A recente decisão da Otan alimenta a corrida armamentista. É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares, do que alocar os 0,7% prometidos para a assistência oficial do desenvolvimento. Isso evidência que os recursos para implementar a Agenda 2030 (da ONU) existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política. É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz", declarou o presidente.
Na abertura da sessão plenária "Paz e Segurança e Reforma da Governança Global", Lula lembrou que esta é quarta vez que o Brasil sedia o encontro dos Brics, mas ressaltou que neste ano é a que ocorre "em cenário global mais adverso". No discurso, o presidente reprovou a decisão de junho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em aumentar os gastos em defesa dos 32 países que fazem parte do tratado, como Estados Unidos, Canadá e nações europeias.
"Nos defrontamos com um número inédito de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. A recente decisão da Otan alimenta a corrida armamentista. É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares, do que alocar os 0,7% prometidos para a assistência oficial do desenvolvimento. Isso evidência que os recursos para implementar a Agenda 2030 (da ONU) existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política. É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz", declarou o presidente.
Ainda no discurso, Lula afirmou que "o temor de uma catástrofe nuclear voltou ao cotidiano", ao citar que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não tem sido consultado antes do início de ações bélicas.
O presidente também pontuou que não há justificativas para as ações terroristas praticadas pelo Hamas, mas que os países não podem ser indiferentes às mortes de civis e inocentes atribuídas à Israel na Faixa de Gaza, bem como o uso da fome como arma de guerra. Lula também defendeu o fim dos conflitos entre Rússia e Ucrânia.
"A solução desse conflito só será possível com o fim da ocupação israelense e com o estabelecimento de um Estado palestino soberano, dentro das fronteiras de 1967. O governo brasileiro denunciou as violações à integridade territorial do Irã, como já havia feito no caso da Ucrânia. É urgente que as partes envolvidas na guerra na Ucrânia aprofundem o diálogo direto com vistas a um cessar-fogo e uma paz duradoura".
O presidente também pontuou que não há justificativas para as ações terroristas praticadas pelo Hamas, mas que os países não podem ser indiferentes às mortes de civis e inocentes atribuídas à Israel na Faixa de Gaza, bem como o uso da fome como arma de guerra. Lula também defendeu o fim dos conflitos entre Rússia e Ucrânia.
"A solução desse conflito só será possível com o fim da ocupação israelense e com o estabelecimento de um Estado palestino soberano, dentro das fronteiras de 1967. O governo brasileiro denunciou as violações à integridade territorial do Irã, como já havia feito no caso da Ucrânia. É urgente que as partes envolvidas na guerra na Ucrânia aprofundem o diálogo direto com vistas a um cessar-fogo e uma paz duradoura".
"Se a governança internacional não reflete a nova realidade multipolar do século XXI, cabe ao Brics contribuir para sua atualização. Sua representatividade e diversidade o torna uma força capaz de promover a paz e de prevenir e mediar conflitos. Podemos lançar as bases de uma governança revigorada", destacou.
O mandatário também discursou por "transformar profundamente o Conselho de Segurança", o tornando "mais legítimo, representativo, eficaz e democrático", com a inclusão de membros permanentes da Ásia, África, América Latina e do Caribe.
É mais do que uma questão de justiça. É garantir a própria sobrevivência da ONU (...) Adiar esse processo torna o mundo mais instável e perigoso. Cada dia que passamos com uma estrutura internacional arcaica e excludente é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade", completou.
Neste domingo, além da primeira sessão, os chefes de Estado e de Governo participam de um almoço de trabalho. Em seguida, está prevista a chegada dos chefes de delegação de organismos internacionais, países de engajamento externo e parceiros. Ainda durante a tarde, ocorre a última reunião do dia, sobre "Fortalecimento do Multilateralismo, Assuntos Econômico-Financeiros e Inteligência Artificial". Nesta segunda-feira (7), as lideranças voltam a se reunir no MAM, para a sessão plenária "Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global".
O mandatário também discursou por "transformar profundamente o Conselho de Segurança", o tornando "mais legítimo, representativo, eficaz e democrático", com a inclusão de membros permanentes da Ásia, África, América Latina e do Caribe.
É mais do que uma questão de justiça. É garantir a própria sobrevivência da ONU (...) Adiar esse processo torna o mundo mais instável e perigoso. Cada dia que passamos com uma estrutura internacional arcaica e excludente é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade", completou.
Neste domingo, além da primeira sessão, os chefes de Estado e de Governo participam de um almoço de trabalho. Em seguida, está prevista a chegada dos chefes de delegação de organismos internacionais, países de engajamento externo e parceiros. Ainda durante a tarde, ocorre a última reunião do dia, sobre "Fortalecimento do Multilateralismo, Assuntos Econômico-Financeiros e Inteligência Artificial". Nesta segunda-feira (7), as lideranças voltam a se reunir no MAM, para a sessão plenária "Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global".