Rio - Um policial militar foi preso, na manhã desta quinta-feira (31), por suspeita de envolvimento em uma tentativa de homicídio contra um cabo da PM, em Paraty, na Costa Verde Fluminense. Além dele, a Polícia Civil prendeu outros quatro suspeitos de participação no atentado.
O crime aconteceu no dia 17 de junho quando a vítima chegava em casa. Uma câmera de segurança gravou o momento em que ocupantes de um carro, modelo Volkswagen T-Cross, passaram ao lado do PM e atiraram diversas vezes, inclusive com um fuzil calibre 5.56 mm. O policial se abrigou no próprio veículo, trocou tiros com os criminosos e entrou na residência. O agente não se feriu.
Veja o vídeo:
PM sobrevive a tentativa de homicídio ao se abrigar em carro e trocar tiros com criminosos.
— Jornal O Dia (@jornalodia) July 31, 2025
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Segundo as investigações, o PM Jadson Cabral Furtado, conhecido como Barcelona, à época lotado na 2ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), teria fornecido informações sobre a rotina da vítima, favorecendo o planejamento do atentado.
A Polícia Civil informou que Furtado mantinha vínculo com a quadrilha, recebendo pagamentos regulares para repassar dados sigilosos sobre operações policiais e localização de agentes de segurança. Ele, que estava com mandado de prisão em aberto, foi detido em Paraty.
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), identificaram também a participação direta de: João Pedro Ferreira Francisco, o BMW, apontado como mandante do crime, mesmo estando na cadeia no dia; Jeferson do Espírito Santo Martins, o Jota; Gabriel Rodrigues Sousa, conhecido como Martelinho; Gabriel Jardes Lopes, o GB; Luiz Felipe Veloso Fraga, o Zóio; e de um adolescente, que confessou o envolvimento.
Nesta quinta-feira (31), agentes da DRE, com apoio da 166ª DP (Angra dos Reis), 167ª DP (Paraty) e da Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), cumpriram cinco mandados de prisão. Apenas Zóio segue foragido.
Os policiais também cumpriram oito mandados de busca e apreensão. A ação teve como objetivo apreender armas, munições, drogas, documentos, aparelhos eletrônicos e outros elementos que possam esclarecer as responsabilizações dos envolvidos, bem como aprofundar a investigação sobre o vazamento de informações pelo policial militar suspeito de associação com o tráfico.
Questionada sobre o envolvimento do PM Jadson, a Polícia Militar informou que a Corregedoria-Geral instaurará um procedimento para apurar o caso.
