Vídeo! Pastor sequestrado e colocado em porta-malas orou por ladrões: 'Que Deus venha a perdoar'

Alexandre Carlos diz que criminosos o deixaram pelado durante o assalto

Alexandre Carlos é pastor e motorista de aplicativo
Alexandre Carlos é pastor e motorista de aplicativo -
Rio – O pastor Alexandre Carlos, sequestrado e mantido refém por mais de sete horas enquanto trabalhava como motorista de aplicativo no último sábado (2), em Realengo, Zona Oeste do Rio, contou que fez uma oração pelos bandidos durante o crime. A vítima denunciou ainda que os ladrões o obrigaram a ficar pelado no porta-malas do carro.
"Eles me jogaram dentro do porta-malas, me jogaram pelado. Me mandaram tirar a roupa, me deixaram pelado e tiraram tudo meu. Fizeram a limpa nas contas, roubaram tudo. Meu iPhone, dinheiro, tudo. Enquanto eu estava preso com eles, mantido como refém, eu pedi para fazer uma oração e orei a eles dizendo: 'Que Deus venha a perdoar vocês. Eu creio que Deus tem uma família para vocês'", disse Alexandre, em vídeo publicado nesta terça-feira (5).
Na mensagem, o pastor, que é da Catedral IPTM Bangu, também afirmou que gostaria de ver os sequestradores "se arrependendo dos seus pecados". "Eu quero que esse vídeo chegue a vocês que me roubaram, para vocês saberem que eu falei que era um pastor de igreja, um homem de Deus, de família. Mas eu não quero que a justiça de Deus pegue vocês, eu não oro para isso. Eu oro para que vocês venham a mudar de vida, se converter de verdade. Eu quero encontrar vocês, e não dentro da cadeia, e sim dentro da igreja, se possível em cima de um altar, pregando a palavra de Deus."
Os três assaltantes renderam Alexandre quando ele aceitou uma corrida na Rua Tiapira. Durante esse tempo, os sequestradores o agrediram e realizaram transferências via Pix para uma conta vinculada a uma casa de apostas. Depois, o homem foi liberado na Estrada da Água Branca, que liga Realengo a Bangu.
A 33ª DP (Realengo) investiga o caso para identificar os autores do crime.
Posicionamento da plataforma
Procurada, a 99, empresa pela qual a corrida foi realizada, informou que lamenta o ocorrido e que assim que o relato foi registrado na Central de Segurança, o perfil do passageiro foi bloqueado definitivamente da plataforma. A empresa se colocou à disposição para colaborar com as autoridades nas investigações e informou que buscou contato com o motorista parceiro para oferecer acolhimento e informações do seguro, que cobre despesas médicas e oferece apoio psicológico.