Rio - A jornalista e escritora Míriam Leitão tomou posse na cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, na noite desta sexta-feira (8), na sucessão do cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro deste ano. A cerimônia foi realizada na sede da centenária institutição, no Centro do Rio.
Míriam é a 12ª mulher a entrar para a ABL. Foi eleita em 30 de abril com 20 votos entre 34 possíveis, superando o ex-ministro da Educação Cristovam Buarque.
Míriam é a 12ª mulher a entrar para a ABL. Foi eleita em 30 de abril com 20 votos entre 34 possíveis, superando o ex-ministro da Educação Cristovam Buarque.
O discurso de recepção ficou a cargo do poeta e acadêmico Antonio Carlos Secchin. O colar foi entregue por Ana Maria Machado e o diploma por Ruy Castro.
A "comissão de entrada", grupo que conduz o novo membro até o centro do salão nobre, teve Rosiska Darcy de Oliveira, Fernanda Montenegro e Lilia Schwarcz. Já a "comissão de saída", trio responsável por levar o eleito para cumprimentos dos convidados, contou com Carlos Nejar, Antonio Torres e Ailton Krenak.
Em seu discurso, a jornalista exaltou a importância da inclusão, o papel das mulheres na literatura e a responsabilidade da ABL em refletir o Brasil. "O amor aos livros me trouxe até aqui", resumiu.
Trajetória
Miriam Leitão nasceu em Caratinga, MG, em 7 de abril de 1953. Possui 16 livros publicados de diversos gêneros literários, como não ficção, crônicas, romance e infantis. Em 53 anos de vida profissional, trabalhou em vários veículos de imprensa, entre eles "Gazeta Mercantil" e "Jornal do Brasil". É, também, comentarista de economia e política da TV Globo e da Globonews.
Em dezembro de 1972, aos 19 anos, grávida, foi presa e processada pela Lei de Segurança Nacional por se opor à ditadura militar.