O caso veio à tona no mês de maio de 2024, após a advogada Fayda Belo, especialista em direito antidiscriminatório, denunciar a ação de ambas nas redes sociais. Em um vídeo, ela chamou a atitude das influenciadoras Kérollen e Nancy de "racismo recreativo", que se trata da prática disfarçada de humor, quando alguém usa de "discriminação contra pessoas negras com intuito de diversão".
Nos vídeos, mãe e filha pedem para crianças em ruas de São Gonçalo escolherem entre um presente ou dinheiro. Em dois casos, quando as crianças optam por presente, ambas negras, uma ganha banana e outra, um macaco de pelúcia.
Kérollen e Nancy tinham conta conjunta nas redes sociais, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e 13 milhões no Tiktok. Na época, o Ministério Público recebeu mais de 700 denúncias contra elas e chegou a bloquear os perfis das acusadas, que disseram não ter "intenção de fazer referência a temáticas raciais ou à discriminação de minorias".
Indiciada pela Polícia Civil pelo crime de racismo, a dupla também foi investigada por coação depois que a mãe de uma das crianças disse que Kérollen e Nancy ofereceram dinheiro e cesta básica à mulher para que ela não denunciasse o caso.

