A Polícia Federal (PF) afirma que Jair Bolsonaro (PL) guardava no celular um pedido de asilo político direcionado ao presidente da Argentina, Javier Milei, alegando estar sendo perseguido no Brasil. O texto encontrado pela corporação, no entanto, mostra um erro no nome do argentino. Em vez do seu nome completo, Javier Gerardo Milei, ele escreveu "Miliei".
A PF localizou as mensagens — apagadas e posteriormente recuperadas — que indicam que o ex-mandatário cogitou formalizar o pedido. O detalhe foi apresentado em relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que também levou ao indiciamento de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por obstrução de Justiça.
De acordo com a PF, o arquivo editável sem data e assinatura teria sido criado por Fernanda Bolsonaro, nora do ex-presidente e mulher do senador Flávio Bolsonaro(PL-RJ). A última modificação no texto, segundo os peritos, ocorreu em 12 de fevereiro de 2024, mesmo período em que Bolsonaro se hospedou por duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília.
No relatório, a corporação também informou que foram extraídos do celular de Bolsonaro áudios e conversas com Malafaia e Eduardo Bolsonaro que haviam sido apagados.
Esses registros reforçariam, conforme os investigadores, as tentativas de articulação para intimidar autoridades brasileiras e atrapalhar os inquéritos que apuram a trama golpista.
Esses registros reforçariam, conforme os investigadores, as tentativas de articulação para intimidar autoridades brasileiras e atrapalhar os inquéritos que apuram a trama golpista.
