A Polícia Civil informou que o grupo tinha estrutura sofisticada de telemarketing religioso. Dezenas de atendentes eram contratados por anúncios em plataforma online de vendas. Tais funcionários, sem qualquer vínculo religioso com a instituição, eram orientados a se passarem por Santini em atendimentos via WhatsApp.
Nas conversas, os atendentes simulavam ser o pastor, usando áudios com promessas de curas e milagres, condicionadas à realização de transferências bancárias via PIX. Os valores cobrados variavam entre R$ 20 e R$ 1,5 mil, conforme o "tipo de oração" oferecida.
"O que motivava o grupo criminoso não era atendimento religioso, mas a exploração financeira da fé. A atuação de líderes religiosos na arrecadação de dízimos e ofertas é permitida pela liberdade religiosa, garantida pela Constituição Federal. No entanto, quando a arrecadação ocorre por meio de fraude é considerada crime", destacou o delegado Luiz Henrique Pereira, da 76ª DP (Niterói).

