Movimentação no IML

Parentes dos mortos se emocionam ao receber apoio da Defensoria Pública

No quarto dia após a megaoperação mais letal da história do país, familiares de mortos nos complexos da Penha e Alemão, Zona Norte, compareceram ontem ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro, para reconhecimento e liberação dos corpos restantes. Ao todo, 121 pessoas morreram, sendo 117 criminosos e quatro policiais.

O movimento no IML foi grande. Parentes dos mortos se emocionaram ao ver os cadáveres e receberam apoio de equipes da Defensoria Pública do Estado do Rio. Desde a última quarta-feira, o órgão auxilia as famílias para obtenção de documentos de parentes e ajuda para a gratuidade de sepultamento, bem com o alvará para translado dos corpos para outros estados.

Até sexta-feira, 109 mortos na operação haviam sido identificados, sendo pelo menos 43 deles com mandados de prisão em aberto e ao menos 78 apresentavam relevante histórico criminal. Entre esse número, 54 são de outros estados, como do Pará, da Bahia, do Amazonas, de Goiás, do Ceará, do Espírito Santo, da Paraíba, do Mato Grosso e de São Paulo.

Em um esquema especial, a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio já periciaram todos os corpos. Ainda até sexta-feira, 89 haviam sido liberados para retirada pelos familiares.