A logística é coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A operação tem apoio direto da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Força Nacional, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e das forças estaduais de segurança dos 26 estados e do Distrito Federal.
Dos 22 mil profissionais envolvidos na segurança do exame em todo o país, 11 mil pertencem a forças de segurança.
Vigilância 24h
A maior parte das provas já está armazenada em bases da PRF, que mantêm vigilância ininterrupta de 24 horas até o envio dos malotes a 228 municípios onde a avaliação será aplicada. No domingo (7) pela manhã, os materiais seguem para os 290 polos de aplicação; no mesmo dia, começa o recolhimento para digitalização e correção.
Segundo o governo, o modelo de armazenamento em estruturas de segurança federal tem como objetivo reforçar a integridade da etapa discursiva e reduzir riscos durante o fluxo de transporte.
Candidatos isolados
A megaoperação também busca garantir que todos os participantes classificados cheguem à prova, mesmo em áreas remotas. No Amapá, malotes seguirão com escolta da PRF até Oiapoque para atender duas candidatas. Situação semelhante ocorre em Uruguaiana (RS), Breves (PA) — na Ilha do Marajó — e em outros 26 municípios com até dez candidatos.
De acordo com o governo, a diretriz é garantir inclusão total: mesmo que haja apenas um inscrito em um município distante, a prova será levada até ele.
Segurança como eixo central
A etapa discursiva mantém a mesma lógica de governança integrada da primeira edição do CNU. A FGV, responsável pela aplicação, trabalha em conjunto com órgãos de segurança pública federais e estaduais para monitoramento constante do processo.
Todo o trabalho será acompanhado em tempo real, neste domingo, pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília, que reunirá representantes de todas as instituições envolvidas.
42 mil candidatos na disputa
Ao todo, cerca de 42 mil candidatos classificados farão a prova discursiva simultaneamente em polos distribuídos por todas as 27 unidades da Federação. A escolha dos locais priorizou acessibilidade e redução de longos deslocamentos.
A segunda edição do CNU busca consolidar o modelo unificado de concursos públicos federais, considerado pelo governo uma ferramenta para ampliar eficiência, diversidade e representatividade na seleção de servidores.

