Cinema Ambiental acompanha o Boom do Audiovisual Brasileiro

COP30 ajuda a alavancar produções

]Festival de Cinema Ambiental
]Festival de Cinema Ambiental -
Colunista Luiz André Ferreira
A constatação de que o audiovisual gerou mais empregos que o setor automotivo. A criação de umaFederação Nacional para a área, com sede no Rio de Janeiro, onde também foi montada anteriormente  a Agência Reguiadora, Ancine. E a influencia do estado Amazônico do Pará  sediar a Cop 30  sediando a COP30. Então nada mais natural que este seja o ano dos Festivais e Mostras Ambientais.
COP 30 antecipada no Festival do Rio

A capital do audiovisual, que abriga o Festival do Rio, aproveitou esta 27ª edição para incluir o Especial COP30 – Futuros Possíveis, exibindo 71 produções, sendo 30 longas-metragens.
O evento promove mesas-redondas, painéis e encontros interdisciplinares, trazendo para o debate temas urgentes como a preservação da Amazônia, a identidade e os direitos dos povos originários, o racismo ambiental, a justiça racial, as migrações e os conflitos urbanos e rurais.
Cine Ema no Espírito Santo

Já o 11º Festival Nacional de Cinema Ambiental do Espírito Santo (Cine.Ema) chega à sua fase final depois de bater recorde com mais de 500 produções inscritas de todos os estados, com exceção do Amapá. Essa participação nacional mostra que o audiovisual está se descentralizando do eixo Rio-São Paulo, embora ainda concentre grande parte das produções. Somam cerca de 105 horas de exibição.

O Rio de Janeiro concorreu com 50 filmes, sendo dois selecionados no corte final. “Reciclos” é uma ficção que retrata uma metrópole futurista da América Latina, com filas de catadores de latinhas empobrecidos que se reúnem diariamente em terminais eletrônicos de reciclagem que pesam e pagam na hora.

Outra ficção vinda do Rio, “O incrível mundo de Tan Tan”, de Danilo Calegari Manzella, apresenta a vida de Arthur, um menino de 10 anos que consegue viajar dentro do seu túnel de brinquedo para um mundo diferente. Uma aventura que fala sobre amizade, ciúmes, consumismo e o uso excessivo da tecnologia.

São Paulo também classificou duas produções: “Minha câmera é minha flecha”, documentário de Natália Tupi, que aborda a trajetória de Richard Wera Mirim, um jovem comunicador indígena do povo Guarani Mbya, da Terra Indígena Jaraguá. O filme mostra a câmera como uma flecha — uma ferramenta de comunicação poderosa na luta e resistência indígena. O outro selecionado é “Eminha, passa a bola”, dirigido por Guilherme Herrera Falchi, uma ficção que retrata a vida de Mira e Renata, irmãs apaixonadas por futebol.

No entanto, o recordista é Pernambuco, que conseguiu emplacar quatro obras na fase final do evento nos segmentos de ficção, documentário e experimental, abordando desde o mergulho na identidade das baianas do maracatu e as diferenças culturais até histórias sobre extraterrestres.