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Libaneses voltam às ruas

Houve mais violência no segundo dia de protestos e 2 ministros saíram

Violentos protestos eclodiram em Beirute neste sábado
Violentos protestos eclodiram em Beirute neste sábado -

Os libaneses voltaram a tomar ontem as ruas de Beirute para mais um dia de protestos. As manifestação foi contra a classe política e teve como estopim a explosão de milhares de toneladas de nitrato de amônio armazenadas no porto e que devastou a capital libanesa, na última terça-feira, deixando mais de 150 mortos e seis mil pessoas feridas.

No sábado, 10 mil manifestantes já haviam protestado e chegaram a ocupar os prédios dos ministérios de Energia e da Economia. Ontem, os atos ganharam ainda mais força, levando à renúncia de dois ministros.

Desde sábado, os manifestantes entoavam palavras de ordem contra o governo, entre elas, "O povo quer a queda do regime", um bordão popular durante a Primavera Árabe, em 2011. Houve confronto com a polícia nos dois dias. Sábado, um policial morreu e pelo menos 172 pessoas ficaram feridas.

Ontem pela manhã, a então ministra da Informação, Manal Abdel Samad, foi a primeira a deixar o governo libanês. Damianos Kattar, ministro do Meio Ambiente, foi outra baixa. O primeiro-ministro Hassan Diab tentou convencê-lo a continuar no cargo, mas não conseguiu.

Brasil anuncia missão

Em vídeoconferência com chefes de Estado, ontem, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o envio de ajuda humanitária ao Líbano. E convidou o ex-presidente Michel Temer para chefiar a missão. Temer é filho de libaneses, e, no Twitter, se disse honrado com o convite: "Quando o ato for publicado no DO serão tomadas medidas para viabilizar a tarefa". Por um avião da FAB, serão entregues medicamentos. Pelo mar, Bolsonaro prometeu destinar 4 mil toneladas de arroz. E disse negociar o envio de equipe técnica para colaborar na perícia.

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