Design para brutos

Versatilidade. Essa é a palavra de ordem para a Fiat Toro. Com dirigibilidade de SUV, caçamba para carregar quase 1.000 kg e dimensões aceitáveis no ambiente urbano, o modelo ganha espaço de outros segmentos. Até agosto, de acordo com a Fenabrave, já são mais de 40 mil unidades emplacadas. Isso é cerca de quatro vezes mais que a venda da sua concorrente direta, a Renault Oroch (8 mil), e quase duas vezes mais que a Toyota Hilux (26.965).

É, a Toro não brinca em serviço e, para entender tal sucesso, o MEIA HORA rodou por cerca de uma semana com a versão Freedom 4x4, que custa R$ 145 mil e usa motor a diesel 2.0 turbo de 170 cv. Ela vem com o pacote opcional S-Design, vendido por R$ 5 mil, que adiciona adesivos (capô e caçamba), emblemas nas portas e rodas escurecidas. O tom se mantém no interior, que traz revestimento preto nas colunas e no teto, além de couro nos painéis, volante e bancos. Há ainda santantônio e estribos em tom 'sombrio'.

Por falar em design, uma das principais mudanças da Toro na linha 2020 foi a adoção de quebra-mato no para-choque dianteiro. A peça, em plástico fosco, dá mais robustez ao modelo e minimiza ocasionais arranhões na pintura. No mais, o design é o mesmo da linha anterior. E que fique claro que isso não é um problema, já que o visual da picape compacta/média ainda é agradável e atual.

Novidade no interior, o multimídia de 7" com função espelhamento tinha tudo para ser outra evolução da linha, mas não é. O equipamento é até bonito, tem gráficos amigáveis e bom brilho. O senão é devido à lentidão.

Por vezes, durante a avaliação, percebemos 'travadas' do sistema em realizar tarefas como a navegação e em transições. Se pensarmos que a Fiat já tem a boa central Uconnect usada em Argo e Cronos, a escolha pelo equipamento não faz sentido.