De peito aberto

Três ativistas do grupo feminista Femen foram presas ontem, em Paris, após pularem as barreiras de segurança e protestarem na comemoração pelos 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial.

Uma delas chegou bem próximo ao carro que levava o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Arco do Triunfo, onde o evento foi realizado.

As mulheres, que estavam com os seios nus, tinham mensagens escritas pelo corpo e erguiam cartazes com frases como "Falsos pacificadores", "Criminosos de guerra" e "Parada da hipocrisia". A crítica foi direcionada aos 70 chefes de Estado e de Governo que participaram do evento.

"Viemos protestar contra a chegada de chefes de Estado que são uma vergonha para a paz. A maioria são ditadores que não respeitam os direitos humanos em seus países", disse Tara Lacroix, de 24 anos, uma das três ativistas detidas pela polícia.

Inna Shevchenko, líder do grupo, postou em sua conta do Twitter um vídeo do incidente e disse que a presença de Trump e outros líderes mundiais, incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, transformou o evento "em um triste espetáculo, que é divertido apenas para os criminosos que participam dele".

No sábado, outras três manifestantes do grupo fizeram um breve protesto, com os seios expostos, no mesmo local, para denunciar a presença de "Criminosos de guerra", como dizia um dos cartazes.