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Acionistas do Twitter aprovam venda em meio a rumores de desistência de Musk

Votação consolida a posição da empresa, que recorreu à Justiça americana para fazer Musk cumprir o acordo

O magnata Elon Musk pode ser obrigado pela Justiça americana a efetuar a bilionária compra do Twitter
O magnata Elon Musk pode ser obrigado pela Justiça americana a efetuar a bilionária compra do Twitter -
São Francisco - Acionistas do Twitter aprovaram nesta terça-feira, 13, a oferta de Elon Musk para comprar a rede social no valor de US$ 44 bilhões, cerca de R$ 227 bilhões. Após o polêmico anúncio de oferta pela empresa, o magnata recuou e tem tentado romper o contrato sob a alegação de que os gestores do Twitter mentiram e esconderam informações.
A votação consolida a posição da plataforma, que recorreu à Justiça americana para fazer Musk cumprir seu compromisso de adquirir a empresa. Um julgamento está marcado para outubro. O Twitter havia convocado seus acionistas para uma "reunião especial" por videoconferência, mas o contexto mudou drasticamente desde o fim de abril, quando seu conselho de administração e Musk assinaram um contrato de venda a US$ 54,20 por ação.
Em seguida, o dono da Tesla e da SpaceX multiplicou suas acusações contra o Twitter, a sua plataforma social preferida e que diz querer transformar numa ferramenta para a democracia. Em 8 de julho, Musk se retirou do negócio. Alegou que o Twitter mentiu sobre o número de contas automatizadas e spams incluídos entre os usuários.
A votação desta terça-feira ocorre logo após a audiência no Senado de Peiter Zatko, o ex-chefe de segurança do Twitter que revelou informações desconhecidas semanas atrás.
"O endereço do Twitter engana legisladores, reguladores e até mesmo seu próprio conselho de administração", afirmou Zatko, mais conhecido por seu apelido Mudge.
Como responsável pela segurança do Twitter desde o final de 2020 até sua demissão em janeiro, ele disse ter encontrado vulnerabilidades graves e que alertou os líderes da empresa, mas sem sucesso.
"Eles não sabem que dados têm, onde estão, de onde vêm. E, obviamente, não podem protegê-los", declarou ele em seu depoimento perante um comitê do Congresso.
"Os funcionários têm muito acesso (...). Não importa quem tem as chaves se você não tem fechaduras nas portas", disse ele. Os altos funcionários do Twitter "não têm competência para entender a magnitude do problema", insistiu.