Vera Kravtsova, de 26 anos, foi assassinada e teve seus órgãos vendidos no mercado clandestino após ser enganada por uma falsa proposta de modelo em Bangkok, capital da Tailândia. Investigações apontam que criminosos a levaram para Mianmar, também no sudeste da Ásia, e a escravizaram antes de matarem ela.
As informações são do jornal "The Sun". De acordo com a publicação, Vera, nascida em Belarus, teria sido usada por uma conhecida quadrilha internacional. Relatos indicam que os traficantes a obrigaram a "ser bonita" e "extorquir dinheiro de clientes ricos". Ela teria desaparecido quando parou de gerar lucro.
Dias depois, familiares de Kravtsova receberam a informação de que ela havia sido encontrada morta e se quisessem enterrar o corpo, deveriam pagar meio milhão de dólares (cerca de R$ 2,7 milhões, na cotação atual). Eles recusaram a oferta, e em seguida, bandidos enviaram outra mensagem, afirmando que a cremaram.
O tráfico humano realizado a partir de esquemas semelhantes é um problema recorrente em Mianmar. Vítimas resgatadas relatam que têm passaportes confiscados e celulares tomados, impossibilitando contato com suas famílias. Segundo as autoridades, gangues chinesas e milícias birmanesas estariam por trás destas quadrilhas, que operam em zonas sem lei na fronteira do país.
Vera foi forçada a viajar para Mianmar no último dia 12 de setembro, mas a história foi divulgada apenas na última quarta-feira (15).

