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Polícia prende suspeito de matar homem por homofobia

Fúvio Rodrigues de Matos alega que agiu em legítima defesa

Plínio Henrique estava com mais três amigos no momento do crime
Plínio Henrique estava com mais três amigos no momento do crime -

São Paulo - A Polícia Civil prendeu o homem suspeito de ofender, esfaquear e matar o cabeleireiro Plínio Henrique de Almeida Lima, de 30 anos, na última sexta-feira (21), na Avenida Paulista, São Paulo. Fúvio Rodrigues de Matos, de 32 anos, confessou o crime, mas alegou que agiu em legítima defesa e negou que a motivação tenha sido homofobia. 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, Plínio, que era homossexual, voltava do Parque Ibirapuera com outras três pessoas quando dois homens teriam começado a ofender o grupo. Ao chegar na Avenida Paulista, o cabeleireiro teria questionado o autor do crime sobre o motivo das ofensas e o homem o feriu com uma facada no tórax. 

Fúvio foi reconhecido pelos outros três amigos de Plínio. De acordo com o relato das vítimas, antes de atacar o cabeleireiro, o agressor teria ameaçado o grupo, dizendo que "gays têm de morrer".

Em entrevista nesta quarta-feira ao Bom Dia SP, o delegado Hamilton Costa Benfica, do 78º Distrito Policial (DP), nos Jardins, disse que Fúvio alegou que golpeou Plínio com um canivete para se defender dele e dos amigos amigos após uma confusão causada por uma brincadeira. Ele explicou que fez brincou com o colega quando começou a chover, dizendo "anda que nem homem", mas os rapazes, que estavam perto, se ofenderam e partiram para cima dele.

A polícia pediu a prisão temporária do investigado à Justiça, que decretou que ele fique detido por 30 dias. Ele será indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil. Para a investigação, o cozinheiro matou o cabeleireiro após discussão motivada por homofobia.