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Cancelas da milícia

Moradores denunciam cobrança de até R$ 120 para estacionar

Cancelas envolveriam cobranças entre R$ 50 e R$ 120 por mês; motos também seriam cobradas
Cancelas envolveriam cobranças entre R$ 50 e R$ 120 por mês; motos também seriam cobradas -

A Prefeitura do Rio vai averiguar denúncias de moradores de várias comunidades da região do Itanhangá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, de que milicianos estariam fechando ilegalmente ruas com cancelas e cobrando taxas — entre R$ 50 e R$ 120 por mês — para estacionamento de veículos, conforme publicou o site G1. Em nota, o governo municipal ressaltou que, por causa do recesso de Carnaval, não poderá checar se as vias são autorizadas a ter esse tipo de bloqueio.

A Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU) informou em nota que a fiscalização cabe à Secretaria de Infraestrutura e Habitação porque o local é uma Área de Especial Interesse Social. A nota diz ainda que a fiscalização precisará de apoio de forças de segurança por se tratar de uma área conflagrada.

"Cobram taxas até de motos (R$ 80), além dos carros. Isso é uma afronta absurda", desabafou um morador de uma via fechada no altura da Vila da Paz, na Estrada do Itanhangá. Na região, pelo menos três cancelas estariam sob controle de milicianos, abrangendo ainda o Sítio Pai João.

Moradores se queixam que são ameaçados para pagar as taxas até o dia 14 de cada mês, conforme cópia de recado de suposto miliciano em redes sociais, e que as cobranças sofreram até reajuste. Na semana passada, o grupo que controlaria o esquema anunciou que só os moradores em dia com os pagamentos teriam direito às chaves das cancelas. As barreiras também serviriam para controlar fornecedores clandestinos de água, gás e cerveja.

Em nota, a Polícia Militar ressaltou que a investigação cabe à Polícia Civil e que a corporação pode atuar em ações conjuntas e em flagrantes. Até a o fechamento desta edição, a Polícia Civil não se pronunciou.

Cancelas envolveriam cobranças entre R$ 50 e R$ 120 por mês; motos também seriam cobradas Divulgação
Recado por WhatsApp que miliciano teria enviado para moradores Reprodução