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Ex-pastor tem prisão pedida por pedofilia

Vítimas denunciaram abusos que teriam ocorrido entre 2013 e 2016

Cartazes com prints das conversas entre o ex-pastor e a vítima foram coladas na porta da igreja, no Jacarezinho.
Cartazes com prints das conversas entre o ex-pastor e a vítima foram coladas na porta da igreja, no Jacarezinho. -

O Ministério Público do Rio (MPRJ) pediu a prisão de um ex-pastor, suspeito de estupro de adolescentes na Segunda Igreja Batista de Vieira Fazenda, na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte. Segundo as vítimas, o ex-pastor teria praticado os abusos entre 2013 e 2016, quando elas, membros da igreja, tinham entre 12 e 16 anos.

O caso veio à tona quando a mãe de um dos menores desconfiou da mudança de comportamento do filho, que passou a demorar mais no banheiro, dormir pouco e ficar muito tempo no celular. Ao checar o telefone do adolescente, ela encontrou mensagens antigas e fotos de partes íntimas do ex-pastor, que pedia para o menor enviar também.

A mãe de um dos jovens abusados relata que o filho se sentia ameaçado, pois o ex-pastor afirmava que ninguém acreditaria na vítima. "Meu filho entrou em depressão duas vezes. Em novembro de 2017 ele não levantava da cama, não tomava banho, não abria o olho, tudo devido a essa situação", desabafou.

O promotor Sauvei Lai disse que, após a mãe revelar o abuso, outras duas vítimas denunciaram. "É como uma avalanche, depois que um denuncia, outros vão tomando coragem", explica. O ex-pastor foi denunciado por estupro de vulnerável, estupro comum qualificado e produção de imagens pornográficas. Somando todas as penas, ele pode pegar até 351 anos de prisão.

O suspeito já foi absolvido em outro caso semelhante, envolvendo estupro de vulnerável, em 2010. Na ocasião, o processo foi arquivado. Procurado, o ex-pastor não retornou o contato.