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Vídeo mostra possíveis assassinos de Renata Castro em Magé; vereador teria feito ameaças

Vítima era conhecida por publicar vídeos em suas redes sociais denunciando e criticando a situação da cidade

Imagem mostra o carro de possíveis assassinos de Renata Castro em Magé
Imagem mostra o carro de possíveis assassinos de Renata Castro em Magé -
Rio - Um vídeo de câmera de segurança mostra o momento em que Renata Castro, de 38 anos, teria sido assassinada em Magé, na Baixada Fluminense, nesta sexta-feira. A vítima era simpatizante da família Cozzolino, que esteve no comando da Prefeitura de Magé em diferentes mandatos, e também era conhecida por publicar vídeos em suas redes sociais denunciando e criticando a situação da cidade. Por este mesmo motivo, ela já havia relatado ameças de duas pessoas, dentre elas "Clevinho", que seria o apelido do vereador Clevinho Vidal (PCdoB). O vereador foi alvo pela Operação Garrote, realizada em setembro pela Polícia Federal.
Nas imagens, é possível ver um veículo entrando na rua e os supostos criminosos descendo para realizar o ataque. Confira!


Na última transmissão ao vivo feita no Facebook, na manhã desta quinta-feira, 29, a blogueira estava na sede da Polícia Federal para protocolar uma denúncia contra a atual gestão da Prefeitura de Magé. O assunto, segundo Renata, está sob sigilo. Ela ainda informou durante a live que estava sendo ameaçada de morte. Classificou o prefeito Rafael Tubarão de "canalha" e os vereadores da cidade de "inoperantes". "Não adianta me ameaçarem de morte", completou Renata. Veja:
Poucas horas antes de morrer com pelo menos 14 tiros na porta de casa, em um áudio que circula nas redes sociais, Renata afirma que vai fazer uma fiscalização no Hospital de Magé, já que é um direito dela como cidadã. Além disso, ela avisa quem tiver disposição para matá-la 30 dias antes da eleição, que o faça. "Amanhã é uma grande oportunidade para vocês me assassinarem. Quem tiver essa disposição para fazer o assassinato da Renata Castro 30 dias antes da eleição, como fizeram com o P9, como fizeram na Câmara dos Vereadores (...)". Logo após, ela chama os atuais governantes de "corja de vagabundo, inoperante e irresponsável".
Em nota, o deputado estadual e candidato a prefeitura de Magé, Renato Cozzolino (PP), divulgou uma nota de pesar pela morte de Renata Castro. "Foi com muita tristeza que recebemos a notícia do assassinato da nossa amiga e liderança Renata Castro. Ela vinha exercendo um papel democrático e de combate às irregularidades no município. Tinha um longo e belo caminho à frente em defesa de nossa cidade. Deixo aqui meus sentimentos a toda a família e um pedido às autoridades competentes: investiguem! Não deixem que, assim como no assassinato de nosso amigo P9 ( Paulo Henrique Dourado Teixeira, conhecido como Paulinho P9, morto em 2018 ,quando ele era vice-prefeito de Magé e denunciou um esquema de licitações fraudulentas na prefeitura)a história de Renata seja esquecida. Queremos e precisamos de uma Magé de mais amor, paz e respeito. A população não merece viver em uma terra sem lei onde não se pode ter voz. "Paz sem voz não é paz. É medo!" Descanse em paz, amiga, e que Papai do Céu te acolha em seu divino amor".
Mortes na Política
Com a morte de Renata Castro, sobe para três o número de pessoas com ligação político-partidária mortas durante o período eleitoral na Baixada Fluminense. No dia 11 de outubro, Domingos Barbosa Cabral, de 57 anos, foi morto a tiros no bairro de Cabuçu, em Nova Iguaçu. O candidato a vereador pelo Democratas foi alvejado por diversos atiradores com toucas ninjas por volta de 18h30, enquanto estava em um bar.
Domingão, como era conhecido na região, chegou a ser encaminhado para a UPA de Cabuçu, porém não resistiu aos ferimentos. Policiais do 20º BPM (Mesquita) foram acionados para acompanhar a vítima, e a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o caso.
No dia 1, Mauro Miranda da Rocha, de 41 anos, também candidato a vereador em Nova Iguaçu, pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), foi morto a tiros no Bairro Rancho Fundo. O político levou tiros na cabeça, braço e peito. Ele ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na chegada ao Hospital Geral de Nova Iguaçu.
Principal alvo dos disparos feitos pelos criminosos , o político já havia sido preso por porte ilegal de arma de calibre permitido. No dia 7 de outubro de 2015, ele teve o Honda Civic que dirigia interceptado por policiais mlitares, na Estrada de Adrianópolis, no Bairro Corumbá, em Nova Iguaçu. Ao revistar o veículo, os policiais encontraram uma pistola embaixo do banco do carona.