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DRFA prende estelionatário que tem 27 anotações criminais

Edílson da Silva Soares, o Gorila, é investigado pela participação de um grupo de estelionatários que aplica golpes principalmente em idosos

Edílson da Silva Soares, o Gorila, tem 27 anotações criminais pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha ou bando
Edílson da Silva Soares, o Gorila, tem 27 anotações criminais pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha ou bando -
Rio - Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) prenderam, na manhã desta terça-feira, o estelionatário Edílson da Silva Soares, conhecido como Gorila, de 41 anos. Ele tem 27 anotações criminais pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha ou bando.
De acordo com o delegado Márcio da Cunha Braga, titular da DRFA, Gorila é investigado pela participação de um grupo de estelionatários que aplica golpes principalmente em idosos. Ele e os comparsas agem vendendo títulos de viagens supervalorizados ou falsos.
Contra o criminoso havia três mandados de prisão em aberto, os primeiros deles expedidos em julho de 2012 e o mais recente em maio de 2018. Preso, ele foi levado à sede da DRFA, na Cidade da Polícia.
GOLPES
Segundo as investigações, o bando já fez diversas vítimas. Em janeiro de 2006, a quadrilha causou um prejuízo de quase R$ 250 mil contra um casal de idosos, então com 77 anos. Na ocasião, as vítimas receberam um telefonema de uma pessoa que dizia representar uma empresa de turismo, convidando os dois para uma reunião. No mesmo dia, eles cobraram do casal R$ 63.870,00. Nos meses seguintes, foram exigidos outros valores, chegando a R$ 246.670,00.
Seis meses antes, em agosto de 2005, uma outra vítima recebeu um telefonema também sendo convidada para uma reunião para negociar antigos títulos de sua propriedade. No local, ela foi informada de que seus títulos dariam direito a bonificações, sendo convencida a fazer a negociação, pagando R$ 3,380,00 para registro em cartório. Depois, ela recebeu vários telefonemas cobrando outros valores, pagando o total de R$ 9,9 mil.
Em outubro de 2007, a 25ª Vara Criminal do Rio fez o bloqueio e a indisponibilidade dos bens de 14 integrantes da quadrilha. 
"São muitas vítimas não só nestes autos, como também em inúmeros outros que tramitam em juízos diversos, destacando-se que a postura adotada pelos envolvidos e a forma como se organizaram, nestas fraudes que ficaram conhecidas como 'golpe do título supervalorizado', demonstra uma agilidade na manipulação dos valores absorvidos com as mecânicas ilícitas que dificilmente permitirá resgate pleno e/ou significativo dos retirados do patrimônio dos lesados. A própria estrutura operacional montada pelos acusados demonstra que suas vidas estavam, como continuam, voltadas para a desenvoltura da 'empresa' montada para amealhar 'clientes' e ampliar o recolhimento os valores ilícitos em prol dos seus intentos criminosos", escreveu o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira na decisão da época.