Vinte e dois tiroteios. Essa foi a quantidade de vezes que os moradores da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, tiveram que conviver com a violência, só nos 28 dias de fevereiro, segundo a plataforma Fogo Cruzado. Segundo a Polícia Civil, a região vem sendo palco de uma guerra entre traficantes do Comando Vermelho (CV) e milicianos.
Os conflitos armados são constantes. Para alguns moradores a guerra já virou até rotina, para outros sair do local se tornou um sonho. "Voltamos a programação normal da guerra na Praça Seca", publicou um homem numa rede social. "Desejando muito se mudar de Praça Seca, ai q inferno esses tiros todo dia", postou uma jovem. "Praça Seca tá (sic) demais. Muito tiro!", disse outra.
Um dos disparos chegaram a atingir a casa de uma moradora, que publicou uma foto do buraco do tiro em sua janela e mostrou a munição em sua mão.
A disputa territorial na região já dura quase uma década, segundo informações policiais. O bairro da Zona Oeste conta com as comunidades da Barão, Bateau Mouche, Chacrinha, Campinho, Fubá, Jordão, 18, Caixa D'água e Divino.
"A região ali se torna um complexo. É interessante porque os morros são interligados, vai desde o Morro do 18 até a Praça Seca, então eles tomando tudo, vira um complexo. A milícia daquela área explora tudo, como qualquer milícia, exploram transporte alternativo, gás, água, cobram taxas a moradores e comerciantes, internet. Para o Comando Vermelho, é interessante por ser uma área grande para eles se homiziarem, cometerem roubos e dominar o território", explica um investigador.
Os conflitos armados são constantes. Para alguns moradores a guerra já virou até rotina, para outros sair do local se tornou um sonho. "Voltamos a programação normal da guerra na Praça Seca", publicou um homem numa rede social. "Desejando muito se mudar de Praça Seca, ai q inferno esses tiros todo dia", postou uma jovem. "Praça Seca tá (sic) demais. Muito tiro!", disse outra.
Um dos disparos chegaram a atingir a casa de uma moradora, que publicou uma foto do buraco do tiro em sua janela e mostrou a munição em sua mão.
A disputa territorial na região já dura quase uma década, segundo informações policiais. O bairro da Zona Oeste conta com as comunidades da Barão, Bateau Mouche, Chacrinha, Campinho, Fubá, Jordão, 18, Caixa D'água e Divino.
"A região ali se torna um complexo. É interessante porque os morros são interligados, vai desde o Morro do 18 até a Praça Seca, então eles tomando tudo, vira um complexo. A milícia daquela área explora tudo, como qualquer milícia, exploram transporte alternativo, gás, água, cobram taxas a moradores e comerciantes, internet. Para o Comando Vermelho, é interessante por ser uma área grande para eles se homiziarem, cometerem roubos e dominar o território", explica um investigador.
Traficantes ostentam armas e provocam os rivais nas redes sociais
De acordo com a Polícia Civil, os traficantes do CV são liderados por Pedro Paulo Guedes, conhecido como Pedro Bala ou Urso, que está foragido, e Luiz Claudio Machado, o Marreta, que está preso desde 2014. Atualmente, o grupo controla o tráfico de drogas do Morro da Barão, Morro da 18 e Caixa D'água.
Nas redes sociais, os criminosos posam com armas, ostentando seu poderio bélico, e se intitulam como integrantes da "Tropa do Urso" e "soldados do Marreta". Os bandidos também usam seus perfis, constantemente, para ameaçar seus rivais, inclusive, através de rimas.
"Nós não gosta de milícia, nós odeia alemão, tentaram pagar pra ver, retornamos pra Barão (...) A Barão tá mó lazer, tudo dois até morrer, tropa do Urso e do Marreta, faz os milícia correr (sic)", cantou um suspeito num vídeo.
Nas redes sociais, os criminosos posam com armas, ostentando seu poderio bélico, e se intitulam como integrantes da "Tropa do Urso" e "soldados do Marreta". Os bandidos também usam seus perfis, constantemente, para ameaçar seus rivais, inclusive, através de rimas.
"Nós não gosta de milícia, nós odeia alemão, tentaram pagar pra ver, retornamos pra Barão (...) A Barão tá mó lazer, tudo dois até morrer, tropa do Urso e do Marreta, faz os milícia correr (sic)", cantou um suspeito num vídeo.
Principal miliciano da região seria também do escritório do crime, segundo a Polícia
Do outro lado da disputa, estão os paramilitares. Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, é o principal miliciano que atua na região. Seu principal reduto, é a comunidade do Campinho.
"Além de miliciano, o Macaquinho é matador de aluguel, integra o chamado escritório do crime. Então ele consegue cometer os crimes dele e ter um lugar para se esconder, que é o Campinho", explicou um policial.
Além de controlar a localidade, Macaquinho ainda tem braços nas outras favelas da região dominadas pela milícia, como Divino, Bateau Mouche, Fubá e Chacrinha. Elas são gerenciadas por Leonardo Luccas Pereira, conhecido como Leléo, e um paramilitar identificado apenas como Danado.
"Além de miliciano, o Macaquinho é matador de aluguel, integra o chamado escritório do crime. Então ele consegue cometer os crimes dele e ter um lugar para se esconder, que é o Campinho", explicou um policial.
Além de controlar a localidade, Macaquinho ainda tem braços nas outras favelas da região dominadas pela milícia, como Divino, Bateau Mouche, Fubá e Chacrinha. Elas são gerenciadas por Leonardo Luccas Pereira, conhecido como Leléo, e um paramilitar identificado apenas como Danado.
O morro do Jordão é gerenciado, segundo a Polícia Civil, por um paramilitar conhecido como Playboy.
Além da guerra com traficantes, a Praça Seca também pode se tornar alvo de uma disputa entre milicianos, após um racha entre paramilitares. De acordo com investigações, os milicianos que atuam na região, exceto o Playboy do Jordão, são todos aliados a Danilo Dias Lima, o Tandera, que brigou com seu antigo comparsa Wellington da Silva Braga, o Ecko.
Desde o racha, no início do ano, Ecko tem tentado invadir e se instalar em áreas que são dominadas por Tandera e Macaquinho.