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Caso Henry: Defesa afirma que empregada não encontrou nada anormal na casa

Perito do Instituto Médico-Legal (IML) que produziu o laudo de necropsia da criança também estava previsto para depor hoje, mas o depoimento foi remarcado

Advogado André França Barreto
Advogado André França Barreto -
Rio - A defesa da mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, entregou na tarde desta sexta-feira declarações da empregada doméstica e da babá da criança na 16°DP (Barra da Tijuca). De acordo com o advogado André França Barreto, a empregada doméstica afirmou que não encontrou nada fora do normal na casa. O perito do Instituto Médico-Legal (IML) que produziu o laudo de necropsia da criança também estava previsto para depor hoje, mas o depoimento foi remarcado.
"Ela relata que naquela ocasião chegou em casa no mesmo horário de todos os dias e que não tinha ninguém em casa, já que tanto o padrasto e a mãe estavam resolvendo os trâmites do sepultamento, e tudo estava em completo alinho. A casa estava arrumada e não havia indícios de violência, coisas quebradas ou qualquer coisa neste sentido. Apenas as luzes estavam acesas, o que mostra que o Jairinho quanto a mãe saíram apressadamente para socorrer o menino. Posteriormente ela disse que recebeu o telefonema da mãe liberando a funcionária naquele dia", disse André França Barreto.
Nas declarações que o advogado apresentou, as funcionárias da família relatam o cotidiano na casa e falam sobre o relacionamento do casal com Henry. "Temos agora as declarações da empregada doméstica e da babá do Henry, todas apontando a forma amorosa, carinhosa que a mãe tinha com o filho, que o padrasto tinha com o menino. Tanto a babá quanto a empregada doméstica são pessoas presentes no cotidiano da família. A defesa está trabalhando para demonstrar todas as informações que obtiver para as autoridades".
Sobre o laudo do Instituto Médico-Legal, que aponta "hemorragia interna e laceração hepática (danos no fígado) causada por uma ação contundente (violenta), André França Barreto informou que fez uma petição com a declaração de uma perita que teria afirmado em uma entrevista a um veículo de comunicação ser possível que um acidente doméstico tenha causado as lesões.
"A perita Adriane Rego diz que seria completamente possível um acidente, inclusive se fosse da cama. Ela informou que não podemos tratar como hipótese de crime, pois não há lesões nos membros inferiores ou superiores capazes de apontar agressão. Ela disse que todas as lesões são do lado direito, isso também é um indicativo de uma eventual queda. O próprio pai do Henry, Leniel, mostrou vídeos do menino pulando na cama, a criança tinha o hábito de pular na cama. O que realmente houve é a polícia que vai apontar, o padrasto e mãe não estão apontando hipóteses do que aconteceu, são apenas relatos do que eles vivenciaram naquele dia. O que nos cabe é trazer todos os fatos para elucidar e mostrar que em hipótese alguma se trata de agressão", concluiu o advogado, que disse ainda que há a possibilidade de, futuramente, a defesa do vereador Dr. Jairinho e de Monique Medeiros, mãe do menino, contratar um perito.