Estilo CSI na perícia do Rio

Um fio de cabelo, uma amostra de sangue ou de urina podem ser fundamentais para solucionar uma morte, seja acidental ou não. Desvendar um crime e buscar respostas em laboratórios desperta tanto a curiosidade que já virou até série de televisão. Bem ao estilo CSI, famosa série policial americana que mostra a atuação de peritos criminais, uma das áreas que vem ganhando notoriedade é a da perícia toxicológica, que por meio de amostras biológicas revela, por exemplo, se houve abuso de álcool, de drogas ou de medicamentos.

O trabalho do perito toxicologista é, com base na ciência, ajudar em investigações diversas. Casos como o do menino Henry Borel e do Mc Kevin contaram com a toxicologia para serem resolvidos. As análises foram feitas nos laboratórios da Polícia Civil, no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio. No local, são atendidos todos os casos do estado, cerca de 400 por mês. "As análises para detectar se houve ou não o abuso de álcool representam o maior volume de demandas", conta o perito toxicologista da Polícia Civil Diego Rissi, de 36 anos.

As amostras biológicas utilizadas vão depender do que se quer descobrir. "Para saber se uma pessoa morreu de overdose, a melhor amostra é o sangue. Se quer saber se uma pessoa é usuária de drogas, o mais indicado é a urina. O cabelo é coletado em casos de exumação ou de cadáver esqueletizado", detalha o perito.