Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), por meio da 40ª Vara Criminal, converteu em preventiva a prisão de Mariana Viana da Silva, de 25 anos, e do seu marido, Mauro Ferreira Alves Júnior, ambos suspeitos de envolvimento com a milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste. O casal foi preso na segunda-feira (6), em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Mariana ostentava uma vida de luxo nas redes sociais para os quase cinco mil seguidores e dizia ser dona de uma loja de roupas femininas. Já Mauro era bastante discreto ao expor sua vida pública e não posava para fotos ao lado da esposa, que também se intitula blogueira.
Eles também são investigados pela 14ª DP (Leblon) por ligação com uma quadrilha de estelionatários de Santa Catarina presa em maio deste ano. Assim como Mariana, as mulheres dessa organização criminosa também ostentavam nas redes sociais com fotos de viagens, restaurantes, passeios de barco e em shows de cantores como Kevinho e MC Mirella.
Na decisão, a juíza Rachel Assad da Cunha escreveu que é necessária a prisão preventiva do casal pois "trata-se de indícios de prática de associação criminosa, com informações a respeito da possível prática de milícia privada armada, conduta de extrema gravidade, que coloca em risco, de forma muito grave, a segurança pública".
A juíza também reforçou que Mariana praticava o crime no interior da própria casa em que mora com a filha menor de idade, como relatado por ela durante a audiência de custódia. "Portanto, a sua conduta expôs os filhos a risco extremo, já que o mantinha no mesmo ambiente em que armazenava armas de fogo, munições e granada, material bélico de expressivo potencial ofensivo armazenado no mesmo local em que residia a criança", escreveu na decisão.
No momento da prisão, o casal também estava com um carro roubado. Segundo as investigações, Mauro é ex-policial militar expulso da corporação. O motivo do desligamento ainda não foi informado. Contra ele, havia anotações por crimes como lesão corporal, porte ilegal de arma, ameaça, dano e tentativa de homicídio.
A defesa de Mariana e Mauro não foi localizada pela reportagem. O espaço está aberto para manifestação.