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Polícia Militar realiza operação na Praça Seca e no Morro do Fubá

Regiões vem sofrendo com constantes confrontos por conta da disputa entre traficantes e milicianos pelo controle dos territórios

PMs atuam no Morro do Fubá nesta quarta-feira
PMs atuam no Morro do Fubá nesta quarta-feira -
Rio - A Polícia Militar realiza, nesta quarta-feira (14), uma operação em favelas da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, e no Morro do Fubá, entro os bairros do Campinho, Cascadura e Quintino, na Zona Norte. As comunidades vem sofrendo com constantes confrontos desde o início do ano, por conta da disputa entre traficantes do Comando Vermelho e milicianos pelo controle dessas regiões. 
A ação é realizada nas comunidades da Barão, São Jose Operário e Bateau Mouche, onde atuam militares do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), bem como no Morro do Fubá. Por conta da operação, o Centro Municipal de Saúde Newton Bethlem, na Praça Seca, suspendeu atividades externas, como as visitas domiciliares, mas mantém o atendimento à população.
De acordo com a PM, equipes do BPChq localizaram e apreenderam uma câmera de monitoramento, um roteador, uma caixa plástica preta e dois cabos de conexão à internet instalados por criminosos para observar as operações na comunidade São José Operário. Até o momento, não há registros de presos na ação.
A Polícia Militar pede a colaboração da população para localizar criminosos e esconderijos de armas e de drogas pelo 190 ou pelo Disque Denúncia, nos telefones (21) 98849-6099; (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, além do App Disque Denúncia RJ e também pelo inbox do Facebook e Twitter dos Portal dos Procurados. O anonimato é garantido.
Rotina de violência
Nas últimas semanas, ao menos cinco pessoas morreram em trocas de tiros na Praça Seca, sendo uma delas o policial militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Ângelo Rodrigues de Azevedo, após ser atingido com um tiro na cabeça, em 6 de dezembro, quando equipes realizavam ação na comunidade do Bateau Mouche, para reprimir a circulação de criminosos na região. No mesmo dia, Alexandro Silva, de 21 anos, também foi morto a tiros na comunidade. 
Depois da morte do militar, os policiais realizaram novas operações na região e, em 8 de dezembro, o corpo de André Luiz Vianna de Andrade foi encontrado em uma área de mata do Bateau Mouche. Poucos dias antes, em 2 de dezembro, um suspeito de envolvimento com cobranças ilegais morreu em um confronto com traficantes do Comando Vermelho. Na mesma ocasião, uma idosa, identificada como Norma Silva, foi baleada e não resistiu aos ferimentos. 
Já no Morro do Fubá, uma mulher foi baleada no último domingo (11), durante um intenso tiroteio na região e, há um mês, uma moradora, identificada como Daniela Silva Santos, morreu depois de ser atingida por uma bala perdida. Dados do Instituto Fogo Cruzado apontaram que o mês de setembro ficou marcado por 15 confrontos armados na área e, entre os dias 19 e 23, foram 11 tiroteios que deixaram ao menos quatro pessoas baleadas, das quais duas morreram. Em agosto, o turista americano Joseph Thomas foi baleado no pescoço, depois de uma troca de tiros na região, ficou internado por dois dias e mas não resistiu.
 
 
PMs atuam no Morro do Fubá nesta quarta-feira Divulgação/Polícia Militar
PMs estão na comunidade do São José Operário, na Praça Seca, nesta quarta-feira Divulgação/Polícia Militar
PMs apreenderam equipamentos usados por criminosos para observar as operações na comunidade do São João Operário Divulgação/Polícia Militar
PMs apreenderam equipamentos usados por criminosos para observar as operações na comunidade do São João Operário Divulgação/Polícia Militar