Rio - O Tribunal de Justiça do Rio encerrou a fase de audiência de instrução e julgamento de Cíntia Mariano Dias Cabral no fim da tarde desta segunda-feira (15). A última parte da sessão aconteceu na 3ª Vara Criminal da Capital, onde um médico perito foi ouvido, além do Ministério Público do Rio e a defesa da acusada. Cíntia, por sua vez, optou por se manter em silêncio. A presa é acusada pela morte de Fernanda Cabral, 22 anos, e pela tentativa de homicídio de Bruno Carvalho. Conforme as investigações, os dois foram envenenados por chumbinho.
Ao fim da audiência, a juíza responsável pela sessão manteve a prisão preventiva de Cíntia. A defesa da acusada disse que vai recorrer. A Justiça aguarda agora a análise do recurso da defesa. A estimativa é que o julgamento da ex-madrasta de Fernanda e Bruno aconteça entre fevereiro e março de 2024.
A única testemunha a ser interrogada no último dia de audiência foi o médico neurologista e perito médico legista da Polícia Civil, Gustavo Figueira Rodrigues. Segundo ele, o resultado do laudo pericial no paciente Bruno estava claro para toda a equipe médica do plantão. "A primeira análise que foi feita foi no laboratório da Polícia Civil. Apesar de não se evidenciar, está claro o caso de intoxicação". Um segundo exame também foi realizado no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Após o depoimento do médico, Cíntia optou por permanecer em silêncio, sob orientação da sua defesa.
A defesa da acusada também se pronunciou e pediu a anulação das provas produzidas com a exumação do corpo da Fernanda Cabral. Segundo os advogados, deveria ter sido solicitada uma autorização na Justiça para essa realização do procedimento. Também foi solicitado a retirada do motivo fútil no processo.
A juíza informou que a Justiça já havia entendido que não necessitava de autorização judicial para a realização do exame de exumação do corpo da Fernanda.