Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil já registrou cerca de 6,5 milhões de casos de dengue em 2024. Enquanto as autoridades atuam para combater a doença, inclusive com a recente incorporação de uma vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS), a população pode e deve ser uma forte aliada na busca pela diminuição dos casos. Com menos de 10 minutos por dia, cada cidadão pode eliminar os criadouros dentro de sua própria casa. Algumas tarefas diárias eliminam a presença de água parada e podem garantir a segurança da família, prevenindo as infecções causadas por uma picada do Aedes aegypti.
Assim como a dengue, a picada do mosquito também pode ser responsável pela transmissão da Zika e chikungunya. São infecções que representam um risco extra para crianças, gestantes e idosos, podendo causar sérias complicações de saúde, inclusive a morte.
A presença de água parada é um aceno de boas-vindas para que a proliferação do mosquito aconteça. Em apenas alguns dias, os ovos depositados pela fêmea se transformam em mosquitos adultos e, a partir daí, o risco à saúde é iminente. Os criadouros podem ser naturais ou artificiais, encontrados em recipientes do nosso dia a dia: latas, garrafas, pneus, calhas, pratos de vasos de plantas, caixas d’água e outros objetos podem servir de criadouro.
Por isso, pequenos gestos são importantes no combate ao mosquito da dengue, desde esvaziar reservatórios com água parada até manter a limpeza de calhas e ralos. Para tornar tudo ainda mais fácil, que tal organizar uma agenda com atitudes simples? Com um cronograma de 10 minutos diários - ou até menos -, é possível eliminar os focos de reprodução do mosquito.
Agenda semanal contra a dengue
- Segunda-feira: Verifique calhas e ralos externos e limpe qualquer resíduo de água acumulada em canaletas de ar-condicionado, filtros, geladeiras, etc.
- Terça-feira: Esvazie e vire potes e garrafas que possam estar ao ar livre.
- Quarta-feira: Inspecione vasos de plantas e troque a água de todos os pratinhos.
- Quinta-feira: Limpe e feche bem a tampa das caixas d’água.
- Sexta-feira: Examine o quintal, recolha pneus, brinquedos e qualquer objeto que possa acumular água. Lembre-se de usar inseticidas em áreas estratégicas, como atrás de móveis ou em cantos escuros
- Sábado: Compartilhe a sua agenda contra a dengue com vizinhos e amigos.
- Domingo: Dia do descanso, pois você fez a sua parte ao longo da semana!
- Terça-feira: Esvazie e vire potes e garrafas que possam estar ao ar livre.
- Quarta-feira: Inspecione vasos de plantas e troque a água de todos os pratinhos.
- Quinta-feira: Limpe e feche bem a tampa das caixas d’água.
- Sexta-feira: Examine o quintal, recolha pneus, brinquedos e qualquer objeto que possa acumular água. Lembre-se de usar inseticidas em áreas estratégicas, como atrás de móveis ou em cantos escuros
- Sábado: Compartilhe a sua agenda contra a dengue com vizinhos e amigos.
- Domingo: Dia do descanso, pois você fez a sua parte ao longo da semana!
Essas ações são rápidas e muito eficazes quando feitas de forma contínua. Com cada cidadão fazendo a sua parte, será possível notar uma redução na quantidade de casos e um avanço no combate contra as infecções causadas pelo Aedes aegypti.
Como saber se estou infectado?
Os sintomas da dengue podem variar em intensidade, mas a febre alta, que geralmente surge de forma abrupta e alcança temperaturas entre 39 °C e 40 °C, é um dos primeiros sinais que alertam para a doença. Ela costuma ser acompanhada por dores musculares intensas, além de dor de cabeça frontal e desconforto atrás dos olhos. O cansaço extremo, o mal-estar, manchas avermelhadas na pele, náuseas, vômitos e a falta de apetite também são comuns nos quadros iniciais da dengue. É essencial prestar atenção a esses sintomas, principalmente em áreas com alta incidência do mosquito.
No entanto, há sintomas que indicam uma evolução do quadro da doença, quando e ela já está piorando. Entre eles estão as dores abdominais contínuas e intensas, vômitos persistentes, sangramentos de nariz ou gengiva, além de acúmulo de líquidos no corpo, como na cavidade abdominal ou nos pulmões. Nessas situações, a busca por atendimento médico deve ser imediata, pois esses sinais podem anteceder complicações graves, como a dengue hemorrágica, que pode causar choque, confusão mental e até convulsões.
Caso os primeiros sintomas da doença sejam identificados, mesmo sem sinais de agravamento, é importante procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação. A orientação médica é essencial para confirmar o diagnóstico e monitorar a evolução, principalmente em pessoas com condições de saúde preexistentes, como diabetes ou hipertensão, que podem agravar os efeitos da dengue. Diante de qualquer dúvida ou suspeita, buscar atendimento é o caminho mais seguro para prevenir complicações e garantir o tratamento adequado.
Vacinação contra a dengue
Outra medida importante na prevenção da dengue é a vacinação. O imunizante contra a doença foi incorporado ao SUS no fim de 2023, fazendo com que o Brasil fosse o primeiro país do mundo a oferecer a vacina no sistema público de saúde.
Com eficácia comprovada, é importante que as pessoas se informem sobre a vacina e considerem sua aplicação para a prevenção da dengue. Inicialmente, o imunizante é aplicado em crianças de 10 a 14 anos, faixa etária de maior risco de agravamento da doença. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de 90 dias entre a primeira e a segunda.
Apesar da chegada da vacina, ainda assim é extremamente importante manter a rotina, a fim de eliminar focos do mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Com isso, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”, que orienta sobre a remoção dos criadouros. Clique aqui e saiba mais sobre a campanha!