Cria do Morro do Preventório, em Niterói, o sucesso da MC Carol atravessou a Ponte Rio-Niterói e construiu muitas outras pontes, debatendo o racismo, o machismo e a gordofobia. Falando sobre tudo isso e muito mais, Carol trocou aquela ideia com o Rafael Ávila e o Brunno Salles para o Meia Hora Ao Vivo, nesta sexta-feira (28).
Pouca gente deve saber, mas MC Carol nem sempre foi o pseudônimo de Carolina Lourenço. Segundo a cantora, quando era mais nova era conhecida na comunidade de Niterói como “criança bandida” e foi nessa época que o caminho da música chegou até Carol. Ser cantora de funk não estava nos planos de Carolina quando era criança, mas a infância da MC não foi fácil, desde muito nova morando sozinha a cantora se sentia invisível para os demais, porém quando subiu no palco pela primeira vez ela não quis mais saber de outra coisa.
Para Carol a discriminação é algo que ela já aprendeu a lidar, mas que alguns preconceitos velados afetam muito mais do que as críticas às suas músicas. A opinião da cantora é que as pessoas “têm que sair da bolha e pensar que existe outra realidade que é muito cruel”. Carolina justifica sua crítica à sociedade afirmando que a música garantiu que ela não terminasse a vida num lugar ruim. “O funk salvou minha vida e salva a vida de muita gente. Me deu dignidade, trabalho e responsabilidade”, conclui MC Carol.
O papo com a MC Carol ficou muito entrosado. As história de início de carreira, de criação das músicas irreverentes como “Minha vó tá maluca” e “Vou largar de Barriga”, a situação do status de relacionamento. Tudo isso e muito mais, você confere no Meia Hora Ao Vivo aí embaixo. E vê até o final, que tem uma palinha da música nova!