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ALÔ, COMUNIDADE: Atendimento psicológico remoto para as comunidades

Projeto da ONG 'Nóiz' leva apoio em tempos de crise

Rayanne é psicóloga
Rayanne é psicóloga -

Saber ouvir é tão importante quanto saber falar. Pode até parecer clichê, mas, em tempos de crise por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus, o trabalho de três psicólogas tem feito a diferença para muitos moradores de comunidades carentes do Rio.

Voluntárias da ONG 'Nóiz', baseada na Cidade de Deus, a coordenadora Luana Lago é a responsável pelo Projeto 'Acolhimento Psicólogico Remoto'. As profissionais Rayanne Vitorino (foto) e Mônica Nery completam a equipe, que presta apoio via Whatsapp. "Nosso objetivo é cuidar da saúde mental. Às vezes, essas pessoas só precisam ser ouvidas, receber uma palavra de conforto", explicou Rayanne, de 26 anos, que é moradora da CDD.

Muitas pessoas ainda sentem receio e até mesmo vergonha de contar os seus problemas. Para Rayanne, que entende o que motiva esse distanciamento, o mais importante é estar à disposição do semelhante.

"Nós estamos oferecendo o serviço de acolhimento e apoio psicológico diante das emergências emocionais que estão surgindo durante a pandemia. Sabemos que ainda existem inúmeros fatores que impossibilitam o outro de buscar ajuda. Então, se pudermos de alguma forma, oferecer esse apoio, essa missão já terá valido a pena. Os sentimentos de medo, angústia, tristeza, ansiedade, diante desse cenário é normal, e estamos aqui para ajudar no que for preciso. Nossas conversas são livres de julgamentos, e com total descrição", explicou Rayanne.

O serviço, criado há 15 dias em caráter emergencial, está disponível diariamente de 8h às 20h. Os números para as consultas online são: Luana Lago (96604-6797), Mônica Nery (98098-7118) e Rayanne Vitorino (99197-0761).