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Conheça o Axé Pantanal em Caxias

Coluna Zé do Caroço

Mãe Maria de Xangô é uma importante ialorixá do Candomblé Efon
Mãe Maria de Xangô é uma importante ialorixá do Candomblé Efon -
Moradora do Pantanal, em Duque de Caxias, desde pequena, Mãe Maria de Xangô é uma importante ialorixá do Candomblé Efon, neta do pai de santo Cristóvão Lopes dos Anjos - um dos primeiros moradores do bairro. Ela está à frente do Axé Pantanal, localizado em Duque de Caxias e fundado por seu avô em 1951.

Todo último domingo do mês (antes da pandemia), eles reúnem a comunidade para o projeto social “Uma tarde no Axé” em que há diversas ações, como conscientização sobre saúde, rodas de conversa e entrega de cestas básicas para famílias mais pobres. Vale destacar que atualmente 55% dos brasileiros estão em situação de insegurança alimentar. "A casa de Axé é um recolhimento para todos", afirma a Mãe Maria.

Durante a pandemia, o Axé Pantanal, assim como outros terreiros, precisou interromper suas atividades públicas por mobilizarem sempre muitas pessoas em suas atividades.

Apesar das dificuldades, Mãe Maria considera que a pandemia da covid-19 provocou uma certa união entre as pessoas. "O ser humano já estava muito carente, com a pandemia as pessoas se deram a mão numa fé só para acalmar e melhorar o mundo", avalia.

Mesmo sem apoio de governos ou empresas, Mãe Maria celebra neste mês uma nova conquista: o lançamento do livro “Candomblé da Nação Efon: Memórias e Identidades”, escrito por Alexandre Mantovani, que registra as histórias que fazem parte de sua vida, de seu avô e do Axé Pantanal.
Por Jefferson Barbosa, jornalista e integrante do PerifaConnection

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