'Tudo pode ser possível'

Gabily é a mais nova sensação do funk carioca! Aos 25 anos, a cantora carioca vem dominando seu espaço com letras empoderadas e coreografias cheias de sensualidade, provando até onde o poder feminino pode chegar. E ele vai longe, viu? Cria do Parque Araruama, na Baixada Fluminense, a carioca deu seu jeito de se apresentar na Times Square, nos Estados Unidos, e, agora, lança a faixa "Bad Girl", canção que reforça o bom desempenho de "Bilhete Premiado", que conta com mais de 17 milhões de stream nas plataformas.

Como não poderia deixar de ser, a canção vem para inspirar a mulherada. "A música foi lançada com exclusividade no TikTok, e estou super orgulhosa de ser a primeira artista a fazer esse caminho. A recepção está sendo incrível, não podia ser melhor. A mensagem do clipe é de empoderamento feminino, uma bandeira que eu carrego comigo há anos", entrega. Entre as imagens da produção uma homenagem a Annette Kellerman, nadadora profissional que tentou atravessar o Canal da Mancha, chegou a ser presa, em 1907, por atentado ao pudor por usar um traje de banho e protagonizou a primeira cena de nudez em Hollywood, no filme "A Daughter of the Gods". "A bad girl prega liberdade, direitos iguais e quer ser respeitada, independente de suas escolhas". 

E todo esse empoderamento vem desde os temos do Parque Araruama, onde a estrela cresceu e tirou de lá suas maiores lições. "Viver em comunidade nos ensina muita coisa, principalmente viver em união. Ajudar uns aos outros, mesmo com o pouco que tínhamos, foi algo que eu levei pra vida. As melhores lembranças são das brincadeiras, da liberdade da rua, do queimado, pique bandeira...", lembra ela, com sorriso no rosto. Afinal, sem vergonha de falar de onde veio, Gabily sempre levanta a bandeira da periferia. "Não importa de onde você veio, as dificuldade que passou, mas se você tem um sonho, corra atrás dele e'. Sempre com trabalho, sem passar por cima de ninguém", reflete. 

E foi com esses ensinamento que ela chegou até se tornou uma das grandes apostas do funk. Tanto que recentemente, ela esteve nos EUA representando nossa música e chegou a gravar o remix de "Bilhete Premiado", ao lado de Xamã,  nos estúdios Vevo, lá em Nova York. Não é para qualquer um, né? "É o funk e o rap se unindo mais uma vez e fazendo história. É muito gratificante, pois sou uma artista que se dedica 100% à música. Eu vivo intensamente tudo isso e tenho muito envolvimento com o trabalho. Eu penso nos roteiros dos clipes, no figurino, nas estratégias de marketing, enfim, participo de tudo. Essa gravação na Vevo foi muito especial, pois “Bilhete Premiado” tem uma história muito marcante pra mim", ressalta ela, que contou com a presença de MC Kevin, mosto ao cair de um prédio, em maio deste ano.

Tanto sucesso, faz dela uma verdadeira inspiração para diversas jovens de dentro e fora das comunidades. Ela, claro, se envaidece e sente o peso da responsa. "Saber que inspiro outras meninas dá ainda mais sentido ao meu trabalho. Eu amo cantar e sempre soube que queria viver disso. Canto desde pequena na igreja e tive uma família que sempre me apoiou. Mas nem todas as histórias são assim. Saber que o meu exemplo pode servir de impulso para outras pessoas seguirem seus sonhos é maravilhoso", diz.