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Tradição é mantida há mais de cem anos no subúrbio e na Baixada

Flor do Oriente se mantém ativa com seus mestres e alferes

Flor do Oriente, em Duque de Caxias, foi fundada em 1872 e se mantém ativa com seus mestres e alferes
Flor do Oriente, em Duque de Caxias, foi fundada em 1872 e se mantém ativa com seus mestres e alferes -
A fé e a tradição são as bases da Folia de Reis, série de celebrações que acontece entre o Natal e o dia 6 de janeiro - no caso do Rio de Janeiro se estende até o feriado de São Sebastião. A Flor do Oriente, em Duque de Caxias, foi fundada em 1872 e se mantém ativa com seus mestres e alferes. Pandeiro, viola, caixas e acordeon preenchem o coro de crianças e adultos: a geração que está chegando compartilha do espaço com os mais velhos na celebração de Santo Reis.

Referência a Melchior, Baltasar e Gaspar, que levaram incenso, ouro e mirra para o menino Jesus em seu nascimento. De música famosa do Tim Maia ao costume de marcar a data onde desmontamos as árvores de Natal, a festa é regada à comida, muita música e acrobacia dos palhaços, que pretendem distrair a atenção dos reis magos.

Os fiéis ou foliões recebem o cortejo em casa, ofertam o que podem, rezas são cantadas e cumpre-se ali o rito para o ano que começa. Entre agradecimentos e pedidos, se espalha a alegria do encontro de gente que mora no mesmo bairro, como no caso do Reisado Flor do Oriente, em Caxias, e de gente que se mudou, mas continua fazendo parte. No dia que os acompanhamos, o grupo - que este ano completa 150 anos - esteve em São João de Meriti, no bairro caxiense do Pilar, na sede deles na Vila Rosário, onde receberam a Flor da Primavera e à noite tocaram em Petrópolis.

Renata Silva de Moraes, 34, integra a folia desde os 8 anos de idade e revela que é uma verdadeira maratona. Os seus três filhos, inclusive, também fazem parte da bateria e do corpo de mascotes: desfilaram no dia 1º e também neste fim de semana. "Passamos o Natal na estrada vindo de Aparecida, onde nos apresentamos", conta.
O encerramento é com um grande arremate de folias no dia 20. O grupo foi fundado pelo avô dela, Sebastião Vicente de Moraes, passou para o pai Rogério, atual mestre, e segue com os mais novos.
Por Jefferson Barbosa, jornalista e colaborador do PerifaConnection

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