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Ambulantes estão com baixas expectativas para o segundo Carnaval do Rio de Janeiro

Entre os motivos relatados, o clima de outono é um dos motivos que afastam os turistas.

Dona Lurdes
Dona Lurdes -
Após dois anos de interrupção devido à pandemia causada pela Covid-19 , o Carnaval do Rio de Janeiro volta aos holofotes da cidade e do mundo. Com a decisão de mover os desfiles para abril, a festa popular ganhou um segundo episódio nesse mesmo ano de 2022 e muitas expectativas se movem com esse retorno. Entretanto, nem todos visualizam o segundo carnaval do ano como uma data lucrativa.

Diferente do clima do verão de fevereiro, com a cidade cheia de turistas e praias lotadas, abril não traz o clima quente do início do ano, e a falta de circulação de frequentadores acaba impactando diretamente no bolso dos donos de barracas de bebidas das praias.

Lurdes Soares, de 80 anos, é dona da Barraca Estrela do Mar, localizada no Aterro do Flamengo. Moradora de Rio Bonito, região metropolitana do Rio, dona Lurdes atua como vendedora ambulante na praia desde 1960 e foi objetiva na sua avaliação quanto às vendas.

“Horrorosas. Muitas barracas estão declarando falência. O custo de uma barraca dessas no final do dia é muito caro. Montar, desmontar, pagar depósito para guardar a barraca. É bem difícil”, afirma.

Para ela, a baixa expectativa está diretamente ligada com a estação do ano. Antes, no verão. Agora, no outono. Ainda que o Governo do Rio tenha declarado ponto facultativo para as datas de desfile, a agenda de quem frequenta o evento já passou pelo período comemorativo. “Não é período de férias e a cidade receberá um número menor de turistas”, detalha dona Lurdes.

Ariel Freitas,
Jornalista na Voz das Comunidades e colaborador do Perifa Connection

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