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Reabertura do Ilê Omiojúàrô

Tombado pelo Iphan e fundado há 37 anos, Ilê Omiojúàrô é reaberto ao público com festividades de Oxossi, Ogun e Ossain no dia da baixada

Tombado e premiado pelo Iphan, o Ilê Omiojúàrô foi fundado em 20 de abril de 1985, no mês da Baixada Fluminense, pela baiana Mãe Beata de Iemanjá
Tombado e premiado pelo Iphan, o Ilê Omiojúàrô foi fundado em 20 de abril de 1985, no mês da Baixada Fluminense, pela baiana Mãe Beata de Iemanjá -

Abril é um mês de resistência, no qual se comemora o Dia da Baixada Fluminense. E o mês passou a ter uma importância ainda maior não apenas por conta da fundação, mas também da reabertura ao público do Ilê Omiojúàrô, tradicional terreiro de candomblé sediado no bairro Miguel Couto, em Nova Iguaçu.

A reabertura da casa ocorreu na última semana. Nos dias 27 e 28 ocorreram mesas de debates e diversas atividades. Ontem, no Dia da Baixada Fluminense, houve as festividades de Oxossi, Ogum e Ossain, além da divulgação do calendário de atividades de 2022.

"Neste dia que se comemora o Dia da Baixada, realizar a Festa de Oxóssi no dia 30 de abril nos dá um sentido de resistência nestes 37 anos de nossa comunidade. Ainda mais depois destes dois anos sem realizarmos nossas atividades religiosas publicamente em decorrência da pandemia da Covid-19. É um grito de liberdade, viva a Baixada Fluminense, viva o Ilê Axé Omiojúàrô. Viva o SUS!", disse Babá Adailton D'Ogum, babalorixá do terreiro.

Tombado e premiado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Ilê Omiojúàrô foi fundado em 20 de abril de 1985 pela baiana Mãe Beata de Iemanjá. Há cinco anos, o babalorixá Adailton D'Ogum é responsável pela casa, sendo herdeiro espiritual do Ilê e filho biológico da fundadora. Além de se dedicar a comunidade e a preservação do patrimônio, o terreiro luta contra o preconceito racial, religioso, político e cultural, mantendo a memória e a tradição africana.

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