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A criação de uma cidade antirracista é tema central em congresso inédito no Rio de Janeiro

Em sua primeira edição, "Rio, uma cidade antirracista" amplia a discussão sobre a promoção de uma cidade segura e saudável para pessoas negras.

Rio, uma cidade antirracista
Rio, uma cidade antirracista -

Aconteceu, nesse final de semana, a primeira edição do congresso, "Rio, uma cidade antirracista" no Museu do Amanhã, no Centro do Rio. O congresso contou com painéis e debates focados em cidades e antirracismo com temáticas ligadas ao direito à cidade, meio ambiente, segurança, economia e políticas públicas.

A abertura do evento aconteceu na noite de quinta-feira, no Teatro Riachuelo, e contou com a presença de parlamentares, candidatos às eleições e organizações da sociedade civil. Yuri Marçal abriu o evento com seu show de stand up comedy intitulado Nem Que Se Minha Vida Dependesse Disso.

O congresso é fundado e organizado pelo Perifa Lab em parceria com a Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Instituto Clima e Sociedade, Casa Fluminense e Instituto Gueto. O objetivo do evento é analisar em detalhes as condições em que vivem a população negra carioca para a construção de políticas urbanas que garantam a construção de uma cidade segura e saudável para as pessoas negras.

No primeiro dia, aconteceram mesas com eixos temáticos sobre as dinâmicas da cidade, habitação e balanço global sobre os compromissos e justiça climática. Já no segundo dia, foram abordados temas relacionados a segurança, políticas públicas e o futuro de uma cidade antirracista. Além disso, houve a exibição de curtas, apresentação de trabalhos acadêmicos e atividades pedagógicas para o público infantil. O evento contou com a participação da vereadora Tainá de Paula, ativistas, arquitetos e também intelectuais.

Marina Marçal, coordenadora de política climática do Instituto Clima e Sociedade, relata a importância do congresso para a cidade do Rio de Janeiro. "É muito importante a gente fazer o debate sobre clima na perspectiva racial em uma cidade que precisa muito discutir integração com as populações periféricas e negras que são as mais atingidas pelas mudanças climáticas. São elas que podem contribuir no debate de soluções baseadas pela natureza".

Como legado, o evento formulou uma carta compromisso coletiva que será disponibilizada no site do congresso. O fechamento ficou por conta da apresentação do grupo musical Awure, com repertório inédito sobre meio ambiente, convidando o público da conferência a plantar uma árvore.

Jheniffer Ribeiro, jornalista e colaboradora do PerifaConnection

 

Rio, uma cidade antirracista Divulgação
Jheniffer Ribeiro Arquivo pessoal

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