Maurício Manfrini fala da importância do humor nos dias atuais: 'É a válvula de escape'

Dizem que o humor pode salvar. E, em um momento tão delicado como o que estamos vivendo com a pandemia do coronavírus, nada melhor do que rir à toa. Para isso, o público pode contar com a ajuda de Maurício Manfrini e todo o elenco de "O Dono do Lar", que estreou nesta segunda-feira, no Multishow.

Para o humorista, rir é, sim, o melhor remédio sempre, mas agora tem um peso maior. "O humor é importante em todos os momentos, mas principalmente neste atual. Ele é a válvula de escape, uma massagem no psicológico das pessoas. Tem gente que tem uma resistência maior, que está superando este momento de uma forma diferente. Mas, tem gente que está muito chateada e triste, pessoas que perderam o emprego. Então, o humor está sendo muito importante. Quem estiver lendo o que eu estou falando, assista comédia, ria do nada, invente e descubra motivos dar risada, isso vai ajudar bastante".

Na nova leva de inéditos, Américo (Maurício Manfrini) está feliz com a ausência de sua sogra, Dona Nina (Grace Gianoukas), mas novos familiares surgem para agitar ainda mais a vida da família. A chegada de Doralice (Patricya Travassos), irmã de Nina, e de seu tio Astolfo (Ary França) prometem mexer com a rotina do dono do lar. E, além dos novos personagens inseridos na trama, há, também, um outro componente que promete deixar tudo ainda melhor: o improviso.

"O espectador pode esperar muita diversão, muita gargalhada e muito improviso. Nesta temporada improvisamos bastante, por conta da segurança que tínhamos no texto. Nós só conseguimos improvisar quando estamos firmes com o texto. Então nesta temporada as pessoas vão se divertir muito, porque vão perceber mais ainda que o elenco está se divertindo", explica Maurício.

E se Américo comemora a saída da sogra, Maurício não compartilha do mesmo sentimento. "O Américo ficou muito feliz com a ausência da sogra, se sente de fato o dono do lar, e isso causa novas intrigas. Eu, na vida real, sou abençoado, nunca tive problema com sogra. A minha sogra atual é a melhor do mundo, a dona Zelia. Mas eu também não a vejo, se eu convivesse com ela talvez não fosse tão bom assim (risos)".

Soltos em cena
Comemorando o sucesso da terceira temporada, Maurício também explica os diferentes sentimentos vividos em cada uma delas. "A primeira temporada é sempre mais difícil, porque não sabemos ainda de que forma vamos fazer, não sabemos o resultado. A gente sempre espera que seja maravilhoso e bom. Nesta terceira, estamos ainda mais soltos em cena. Assistam todos os episódios porque vão se divertir. Nós do canal, do elenco e da produção garantimos isso".

Saída do Brasil
Após os 17 anos de sucesso em A Praça É Nossa, no SBT, Maurício decidiu encerrar o contrato em abril deste ano. Nos planos para o futuro, o humorista cogita uma vida nos Estados Unidos, mas não uma carreira internacional.

"Minha grande vontade de morar fora é um pouco por minha causa, mas mais por causa dos meus filhos. Eles têm vontade de estudar fora e eu tenho vontade que eles estudem fora. Como humorista, eu não tenho então carreira internacional e nem tenho vontade de ter. Quando eu fui fazer shows fora do país, eu não chamo de carreira internacional porque eu me apresentava para brasileiros que moram no exterior. Já fui para o Japão duas vezes para fazer shows para a comunidade brasileira de lá. Quem mora fora do Brasil sente saudade e vontade de ter informações e contato com alguém que ainda está no Brasil", explica.